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O tempo das oportunidades

Opinião

Ao mesmo tempo que O INTERIOR comemora 12 anos de existência, os últimos dados conhecidos sobre a imprensa mostram-nos que a maioria dos jornais regionais aumentaram a tiragem e a circulação média. É, pois, uma boa oportunidade para fazer uma reflexão sobre aquilo que tem falhado na esmagadora maioria das publicações nacionais: a proximidade com os públicos. Cada vez mais, as redações vivem dentro de confortáveis redomas de vidro, muitas vezes alheadas das verdadeiras dimensões dos problemas da sociedade e daquilo que acontece fora dos grandes centros de decisão.

Esta preguiça óbvia que se alimenta de algum elitismo – aliada à evidente falta de meios que atinge todas as redações – tem desvirtuado totalmente os propósitos do jornalismo. E a consequência está aí: a perda de leitores de que se queixam os jornais nacionais. Mais do que nunca, os regionais têm espaço para afirmação, apostando na grande mais-valia de que dispõem: a proximidade.

Contudo, e apesar dos ganhos conhecidos, alguma imprensa regional está moribunda e algumas publicações têm mesmo encerrado. Porque este tempo de oportunidades é também o tempo da seleção. Os leitores estão cada vez mais exigentes e já não se compadecem com alguns jornais regionais – velhinhos, sem qualidade, escritos às três pancadas e com jornalistas amadores.

Só os melhores vão sobreviver. E só os melhores têm sobrevivido, como é o caso de O INTERIOR. Parabéns.

Rosa Ramos, ex-jornalista de O INTERIOR é jornalista no jornal i

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