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O romantismo pimba de Tonino Carotone

Cantor espanhol estreia-se em Portugal no TMG no sábado à noite

O TMG estreia em Portugal Tonino Carotone, uma espécie de Manuel João Viera para as massas. O músico espanhol – António de la Cuesta, de seu verdadeiro nome – actua sábado à noite no grande auditório. Começou pelo punk, depois apaixonou-se pela música mexicana, escreveu um hino anti-militar, “Insubmission”, e acabou na cadeia por 12 meses. É aí que nasce o cantor romântico, com um visual de “matador” latino.

Tonino Carotone, amigo do peito de Manu Chao, é um desconhecido em Portugal, mas o seu humor e irreverência já têm alguns apreciadores. Em Itália tem uma legião de fãs, esgota estádios com 70 mil pessoas e as suas músicas são autênticos “hits” utilizados para anúncios publicitários. É autor de temas sugestivos como “Me cago en el amor”. Diz a biografia oficial deste músico singular que terá caído num caldeirão cheio de uma poção (qual Obélix) quando era pequeno e que esse momento o transformou de imediato em artista punk. Integrou então os grupos Cagando Duro e, mais tarde, Kojón Prieto y los Huajolotes (neste último, descobre a sua paixão por música mexicana, depois de engolir a lagarta de uma garrafa de mescal, refere a biografia). Ainda com o grupo Kojón Prieto y los Huajolotes, Tonino escreve o “hino” “Insubmission”, música anti-militarista com a qual “conseguiu” um razoável êxito. Valeu-lhe também uns amargos e penosos 12 meses na prisão, por ter levado tão a peito a letra. Mas a personagem e o músico são difíceis de definir. Como que saído de uma qualquer narrativa de mafiosos, Tonino Carotone já participou na banda sonora de diversos filmes como “Tú qué harías por amor?”, do realizador Carlos Saura, ou “Y tú mamá, también”, de Alfonso Cuarón. Destacam-se na sua discografia “Senza Ritorno” (EMI/Virgin) e “Mondo Difficile” (Sony). O primeiro “single” deste último trabalho, intitulado “Me cago en el amor” foi produzido por Manu Chao, no seu estúdio “clandestino” de Barcelona.

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