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O real e o irreal de Vergílio Ferreira

Especialistas debatem em Gouveia a importância das raízes do romancista na construção da dimensão do irreal na sua obra

A análise dos espaços físicos, psicológicos e sociais da obra de Vergílio Ferreira é o tema do ciclo de conferencias que a Câmara de Gouveia e a Universidade de Évora promovem hoje e amanhã na “cidade-jardim”.

Intitulados “Espaços e Circuitos”, estes primeiros Ciclos Vergilianos pretendem redescobrir as raízes do escritor (1916-1996), nascido na freguesia serrana de Melo, e a sua importância na narrativa e na construção da dimensão do irreal. Vários especialistas da obra do autor de “Manhã Submersa” ou “Estrela Polar” vão falar da ideia de que o leitor da obra do romancista «conhece terras, lugares e cidades». Mas, além disso, «as dimensões individuas e singulares destes espaços articulam-se com outras de teor colectivo e social», sendo que a vertente do irreal também estará em destaque, anuncia a organização. A iniciativa decorre no Teatro-Cine, onde o primeiro interveniente é Hélder Godinho, um dos mais atentos estudiosos de Vergílio Ferreira, a propósito de “Os Espaços na Obra de Vergílio Ferreira”. À tarde, Alípio de Melo, Maria Eduarda Colares, Liberto Cruz, Cristina Robalo Cordeiro e o cineasta Lauro António recordam a sua convivência com o romancista.

O primeiro dia fica também marcado pela intervenção de um dos maiores estudiosos do escritor, Gavillanes Laso, prosseguindo amanhã as conversas com Fernanda Irene Fonseca, sobre os manuscritos do espólio de Vergílio Ferreira, e Rosa Maria Goulard. Além das conferências, o evento inclui ainda um concerto no Teatro-Cine da Orquestra Ligeira de Gouveia (esta noite) e um percurso pedestre pela terra natal do autor de “Para Sempre” (amanhã). Nos “Ciclos Vergilianos” ficar-se-à também a conhecer o nome do vencedor do Prémio Literário Vergílio Ferreira/consagração.

O real e o irreal de Vergílio Ferreira

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