( Ana Manso não é a imperfeição, muito pelo contrário….)
Já correu a notícia nos diversos noticiários, Ana Manso foi demitida da administração do Hospital.
Houve um período em que falava mais com ela, da minha janela vejo lágrimas no rosto da menina, e porque lhe quero bem,… Não sei se sou correspondido, mas vai o meu abraço fraterno e o meu respeito pelas suas muitas qualidades.
Olho da minha janela com serenidade e parece-me triste a cena, embora não sendo de cá.
Não conheço os relatórios, nem os pormaiores nem os pormenores, nem a interpretação que foi seguida…
Diz o Senhor Ministro Paulo Macedo que se impunha a mudança face à auditoria.
Não sei que dizer… Mas a Ana Manso desejo serenidade.
Mas o que a maioria de nós sente que farta sim é o poder de mudar, mas não mudar. As coisas essenciais, mudar a miséria crescente, melhorar os aspetos organizacionais do atendimento, o tratamento da doença e dos doentes, as condições dos serviços públicos, elevar cada vez mais o comportamento organizacional dos serviços de saúde do país.
Ana Manso não é a imperfeição, muito pelo contrário, respeitava-a, queria-lhe bem, se mo permite, talvez não correspondido… Este dever acontecer mexe dentro de mim.
Raramente comento estas coisas… Não sou elemento partidário, mas sinto ao olhar da minha janela o respeito devido a Ana Manso, às suas muitas qualidades, pelo que me tocam as incompreensões de alguns.
Foi justa ou incorreta a decisão? Não sei.
O que sei é que farta esta desgraça de incompreensões, de conflitualidades, estas violências institucionais e pessoais em que se transformou o país.
Nesta hora de tristeza da menina senhora administradora eu escolho a via do abraço amigo a Ana Manso, nesta hora, estou certo, para si de desilusão, de incompreensões… Sem a paz que merecia, e de que é merecedora…
A vida vai oferecer-lhe mais janelas, mude de janela e verá outro mundo, já sem a memória da incompreensão.
Mudança… necessária?
Um abraço amigo se me permite
João Castanho, Guarda