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O IPG visto por dentro

Presidente do Politécnico da Guarda foi o anfitrião de uma visita que serviu para mostrar tudo a que habitualmente só professores, alunos e funcionários têm acesso

Constantino Rei foi o anfitrião de uma visita guiada, na última quinta-feira, pelas quatro escolas superiores que compõem o Instituto Politécnico da Guarda (IPG). No final do “Dia Aberto”, a implementação de novos cursos na Escola Superior de Saúde e a construção de residências de estudantes em Seia foram as principais metas apontadas para o futuro da instituição, onde «a qualidade tem que ser a palavra de ordem».

Auxiliado pelos directores de cada uma das escolas, o presidente do IPG mostrou aos jornalistas o outro lado da instituição de ensino superior da Guarda, tudo, ou quase tudo a que só professores, alunos e funcionários habitualmente têm acesso. «Abrimos as portas para mostrarmos aquilo que somos, o que fazemos, os nossos projectos, o que temos de bom e mesmo as nossas dificuldades», disse. A visita começou na Biblioteca dos Serviços Centrais, seguindo-se a Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG), que abrange os cursos de Engenharia Civil, do Ambiente, Informática e Topográfica, Gestão, Gestão de Recursos Humanos, Contabilidade, Design de Equipamento, Marketing e Secretariado e Assessoria de Direcção. Os projectos “Magic Key” – que permite que pessoas com pouca mobilidade possam controlar mais facilmente o seu dia-a-dia com um simples olhar e com comandos de voz pré-definidos – ou o EGI Ecocar – com a concepção de automóveis ecológicos – são dois dos trunfos da ESTG.

Daí que Constantino Rei afirme que se trata da escola «que tem mais potencial em termos daquilo que é a prestação de serviços ao exterior, não só pelas áreas tecnológicas, mas também pelo facto de dispormos de mais recursos humanos, nomeadamente que já concluíram o seu processo formativo, e que se encontram disponíveis para colaborarem noutros projectos». De resto, quanto ao futuro do IPG, o responsável não tem dúvidas: «A qualidade tem que ser a palavra de ordem», já que «a sociedade é cada vez mais exigente, a concorrência é muito grande, a oferta é superior à procura e vão sobreviver melhor as instituições que conseguirem oferecer um serviço de melhor qualidade», lembrou. «O desafio é aumentar e qualificar o corpo docente em todas as áreas», defendeu ainda o presidente do IPG. Nesse sentido, foram propostos ao Ministério da Ciência e Ensino Superior, para entrarem em funcionamento já no próximo ano lectivo, os mestrados em Sistemas Integrados de Gestão, Gestão de Recursos Humanos e Assessoria e Negócios Internacionais.

«Espero que a Escola de Saúde comece a “puxar pelo comboio” que é o IPG»

Seguiu-se a Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto (ESECD), que abarca os cursos de Animação Sociocultural, Comunicação e Relações Públicas, Comunicação Multimédia, Educação Básica e Desporto. Marco Loureiro também acompanhou a visita e fez questão de mostrar a sede da Associação de Estudantes do IPG, com o renovado sistema de som do auditório ou o emblemático “Bacalhau”, o bar dos estudantes. A Escola Superior de Saúde (ESS) – que acolhe os alunos de Farmácia e Enfermagem – foi o destino seguinte. Um pólo em remodelação, que o presidente do IPG espera ver rapidamente renovado, mas que, lembra, «não depende exclusivamente da capacidade do Instituto». De resto, Constantino Rei espera que a ESS «comece a “puxar pelo comboio” que é o IPG». Para tal, foram propostos à tutela para o próximo ano lectivo os cursos de Terapia Ocupacional e Terapia da Fala. «Estabelecemos vários protocolos e parcerias, inclusivamente com uma associação de Salamanca que se disponibilizou a colaborar ao nível da docência, e estamos confiantes que este ano pelo menos um dos cursos possa ser aprovado», revelou.

Outra das medidas a implementar «a médio prazo» passa pela remodelação do curso de Enfermagem, onde os alunos são todos colocados no início do ano lectivo, regressando metade a casa para iniciar as actividades só em Março. «É muito complexo, coloca vários problemas e gostaríamos de acabar com esse modelo», admitiu o professor. A última paragem foi em Seia, na Escola Superior de Turismo e Hotelaria (HSTH). O pólo que forma os alunos em Gestão Hoteleira, Restauração e Catering e Turismo e Lazer é um dos trunfos do IPG. Munida de todas as infraestruturas e equipamentos essenciais à aprendizagem teórico-prática dos estudantes, uma das necessidades mais prementes de apoio a esta escola é a construção de uma residência. «Temos contactos com a Câmara de Seia, até porque já identificámos alguns imóveis no centro histórico que podem ser recuperados e transformados em pequenas residências para 10/15 alunos. Dependerá também da Câmara e da disponibilidade financeira por parte de alguns fundos comunitários», revelou Constantino Rei.

Para esta escola foi proposto ao Ministério um curso «na área do turismo e tecnologias da informação», adiantou o responsável. O “Dia Aberto” do IPG terminou com um Dão de honra, servido pelos alunos da Escola Superior de Turismo e Hotelaria.

Veja o vídeo em www.ointerior.tv

Rafael Mangana Para Constantino Rei, «a qualidade tem que ser a palavra de ordem» no IPG

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