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O futuro segue na Fundação Champallimaud

RUI COSTA, EX-ALUNO, CIENTISTA, ESTEVE NA GUARDA

Presença afável, palavras comedidas, expressão clara e acessível, a traduzir a ciência para todos. Este o retrato que é possível fazer logo a partir das primeiras respostas de Rui Costa a Victor Afonso, na tertúlia do passado dia 23 de Junho no Café Concerto do Teatro Municipal da Guarda (TMG).

Rui Costa tem 34 anos e estudou nesta escola entre 1987 e 1993, tendo depois seguido para Veterinária. Mal ele sonhava nessa altura que a sua carreira enveredaria a partir dos 22 anos pela investigação. Primeiro em Espanha e na Suécia, mais tarde nos Estados Unidos no National Institute of Health de onde regressou este ano. Nos últimos 10 anos tem investigado sobretudo na área da neurociência. Entretanto casou-se com uma israelita.

Nos últimos anos andava a ser assediado pela Fundação Gulbenkian para vir para Portugal mas foi na Fundação Champallimaud que encontrou a melhor proposta, tendo já iniciado o trabalho, para já por um período de 5 anos. Sobre a investigação científica e médica em Portugal diz diplomaticamente que “está a melhorar” e mostra-se optimista diante dos meios que lhe são dados. São já cerca de 70 investigadores na Fundação Champallimaud mas o número poderá chegar a 200 ou 300.

Na pesquisa, movimentou-se sempre no campo da neurociência e na procura de saídas para doenças como o Alzheimer e a doença de Parkinson. E embora não haja “cura” propriamente dita, o conhecimento destas doenças avançou muito.

Para Rui Costa, “ter a mente preparada para ver” é o essencial por parte do investigador. Como na educação, o erro é útil porque “é o que nos desvia do que esperamos”. E muitas vezes a surpresa acontece: há certos fenómenos que, sendo inesperados e fortuitos, são a chave das soluções.

Viajar e cozinhar são os lazeres que se permite, numa vida que tem tudo de absorvente. Não tem tempo para nada. Boa sorte, Rui!

O futuro segue na Fundação Champallimaud

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