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O estacionamento na Guarda

Li com a devida atenção o que se diz em “O Interior” de 23 de Setembro sobre o silo-auto a construir, em princípio, sob o Jardim José de Lemos. Se na mesma edição o vice-presidente da Câmara refere que na nova sala de espectáculos vão surgir 160 lugares de estacionamento, portanto muito próximo do referido jardim, porque se insiste em optar por um silo-auto no José de Lemos, que terá um valor muito elevado na sua construção e irá porventura causar danos naquela zona verde?

A outra alternativa preconizada por Álvaro Guerreiro seria na Avenida dos Bombeiros. Concordo plenamente com esta ideia que, creio, já foi sugerida há tempos por Joaquim Valente, pois neste local, sito à entrada do centro da cidade, é possível construir um silo-auto com grande capacidade de estacionamento dado o grande desnível entre a Rua do Carvalho/início da Rua Almirante Gago Coutinho, junto ao quiosque ali existente, e a Avenida dos Bombeiros. Há naquele local terreno disponível, sem ocupação urbana e assim se resolveria, muito mais economicamente, o estacionamento de veículos que a cidade necessita e, julgo, sem reclamações, principalmente dos comerciantes, que o querem aqui e ali e em todos os sítios que lhes dêem interesse para ficarem junto das suas actividades.

Aquele local satisfaria toda a gente, pois a distância a percorrer a pé até à Praça Velha, ao Jardim José de Lemos, ao Largo de São João e zonas adjacentes, é relativamente pequena. Conheço um silo-auto que se fez no Porto há bastantes anos, junto à Avenida Sá da Bandeira, cujos pisos circulares albergam centenas de carros descongestionando aquela zona da cidade e gerando bom rendimento diário à autarquia ou a quem teve a iniciativa de tal construção. Em relação ao Largo de São João, assunto também abordado por “O Interior” mas quanto à existência ou não de parquímetros, entendo que sim, pois aquele espaço está quase permanentemente ocupado por residentes na zona que, por comodidade, não querem pôr o carro na sua garagem. Não nos podemos esquecer que o edifício do Centro Comercial Garden foi aprovado pela Câmara com dois pisos térreos, com entrada pela fachada posterior, destinados a garagens dos moradores. Esse espaço livre permitiria a sua utilização por pessoas interessadas no rápido e fácil acesso ao comércio local ou aos serviços públicos existentes nas proximidades.

Manuel Barbosa, Guarda

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