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«O escutismo na Guarda está agora a crescer, por dentro e para fora»

Cara a Cara – Gonçalo de Vilhena Crespo

P – A nova sede do Agrupamento 134, na antiga casa paroquial, já entrou em funcionamento. Qual o motivo da mudança do espaço das vossas atividades?

R – A nova sede do Agrupamento ainda não está a funcionar em pleno, são necessárias pequenas obras e mudar o que ainda está na antiga sede. Tal como a anterior, a nova sede foi-nos cedida pela Paróquia. O motivo que levou à mudança foi, principalmente, o reduzido espaço físico para realizar as nossas atividades.

P – O que irá funcionar em cada um dos três pisos do edifício?

R – No novo edifício, para além da direção do Agrupamento, estarão a funcionar as quatro secções (Lobitos, Exploradores, Pioneiros e Caminheiros), a, pequena, biblioteca e a loja escutista. Também irá funcionar uma oficina para a realização de trabalhos mais práticos.

P – Como descreve atualmente o movimento do escutismo na Guarda?

R – O escutismo na Guarda, apesar do Agrupamento 134 já ter 55 anos, nos últimos anos tem estado um pouco “apagado”, mas não inativo. Temos auxiliado na organização de diversas procissões, animado a missa (no primeiro domingo de cada mês) e colaborado com diversas instituições, como, por exemplo, o Banco Alimentar Contra a Fome e a Liga Portuguesa Contra o Cancro. Temos participado regularmente nas atividades regionais do Corpo Nacional de Escutas e realizado as nossas próprias atividades. Com empenho dos mais novos, dos dirigentes e do assistente, o escutismo na Guarda está agora a crescer, por dentro e para fora.

P – Nas diferentes categorias, o Agrupamento 134 conta com quantos elementos? Existe boa adesão dos mais jovens ao escutismo?

R – No ano de 2013/14 o Agrupamento 134 da Guarda contava com cerca de 60 elementos, entre jovens e dirigentes. A adesão dos mais jovens é boa e o seu entusiasmo é estimulante. A aventura, o trabalho em equipa, a descoberta de nós mesmos e dos outros e de tudo o que nos rodeia, a fraternidade, o espírito de missão são alguns dos pilares do escutismo que continuam a atrair muitos jovens para o movimento.

P – Com a oferta de um leque diversificado de atividades disponíveis na cidade (desporto, cultura e outros), a adesão ao escutismo ainda se mantém dinâmica?

R – O escutismo oferece um leque de atividades enorme que permite o desenvolvimento físico, afetivo, do carácter, intelectual e social. Este desenvolvimento global permite o crescimento dos jovens que têm um papel fundamental na sua própria educação. Com a vivência do espírito escutista os jovens preparam-se para virem a ser adultos responsáveis, criativos, alegres, solidários, respeitadores e bons cristãos. Conscientes destes benefícios, ainda são muitos os que, por si próprios ou com uma ajudinha dos pais, vão ingressando no Escutismo, mesmo numa cidade do interior como a Guarda. É ao nível dos adultos que temos tido mais dificuldade. Sem a presença do adulto não há educação. As atividades dos escuteiros exigem, principalmente ao nível dos elementos mais novos, a presença de adultos, são eles que irão permitir o referido desenvolvimento global.

P – Quais os projetos e atividades que o Agrupamento pretende ou gostaria de realizar a curto e médio prazo?

R – Para além das atividades anteriormente referidas, que vamos manter, vamos estar mais próximos de todos e sempre disponíveis para colaborar. A curto e médio prazo pretendemos integrar gradualmente os pais e mães nas atividades do Agrupamento, dando espaço à organização de um “Conselho de Pais”. Pretendemos divulgar mais o escutismo na Guarda, com campanhas de intervenção e ações concretas e não só com “Publicidade”. Este ano será o Agrupamento de escuteiros da Guarda a organizar o Encontro Regional do Lobito (13 e 14 de junho). Nesta atividade regional estarão escuteiros com idades entre os 6 e os 10 anos de idade de toda a região da Guarda (Diocese), acompanhados pelos seus dirigentes e por muitos pais. Iremos fazer o possível para para que todos os que nos visitem fiquem orgulhosos da nossa cidade e que levem o seu nome no seu coração. Já em outubro iremos colaborar com a Liga Portuguesa Contra o Cancro e com a AMI.

Perfil:

Gonçalo de Vilhena Crespo

Chefe do Agrupamento de Escuteiros 134 da Guarda

Profissão: Engenheiro de Produção Agrícola

Idade: 45 anos

Naturalidade: Alvalade (Lisboa)

Currículo: Estudou em Lisboa nos Colégios Sagrado Coração de Maria e S. João de Brito e no Instituto Superior de Matemáticas Aplicadas, onde concluiu o 12º ano de escolaridade. Na Escola Superior Agrária de Castelo Branco frequentei e concluí o curso de Produção Agrícola. Desde 1997 está a trabalhar por conta própria na área da jardinagem e espaços verdes, tendo um Centro de Jardinagem em Belmonte

Livro favorito: o último que leu intitula-se “O Hobbit”

Hobbies: Escuteiros, karaté, geocaching e, sempre que pode, natação, caminhada e canoagem.

Gonçalo de Vilhena Crespo

Sobre o autor

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