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O “ator-engenheiro”

Viriato Quintela divide o tempo entre filmagens na zona de Lisboa e o seu gabinete de engenharia em Vila Nova de Tazem

A paixão pela representação e pela engenharia obriga-o a constantes deslocações entre Lisboa e Vila Nova de Tazem (Gouveia) mas é assim que Viriato Quintela se sente realizado. Aos 33 anos, o licenciado em Engenharia Civil e mestre em Geotecnia Ambiental pela Universidade da Beira Interior vai somando participações em novelas, séries e peças de teatro.

Nasceu na Venezuela mas veio para a terra dos pais a uma semana de completar três anos. Confessa que tem um «enorme fascínio» pela televisão, cinema e teatro e o gosto mais a sério pela representação surgiu em 2006 quando foi selecionado para o casting do “Curto-Circuito”, programa da SIC Radical. Apesar de não ter sido escolhido para o lugar, Viriato Quintela sentiu que o seu destino estava traçado: «Adorei a experiência de estar em direto, o ambiente do estúdio e decidi que queria enveredar por esta área», recorda. A primeira vez que pisou o palco como ator aconteceu em 2008, numa peça da Escola Velha – Teatro de Gouveia, numa «experiência muito boa» que o motivou a apostar em formação na ACT – Escola de Atores. No ano seguinte fez uma pós-graduação em TV na Universidade Autónoma e a carreira de ator progrediu com a participação no especial de Ano Novo (2010) do programa “Ídolos”, da SIC, para o qual foi convidado por Ana Bola, atriz que considera uma «mãe televisiva».

Atualmente, surge com alguma regularidade na novela “Sol de Inverno” (SIC), representando um jornalista. Tem contracenado com atores bem conhecidos do público, numa experiência que diz ser «enriquecedora, não só a nível profissional, mas também a nível pessoal». No entanto, é a conjugar a engenharia com a representação que Viriato Quintela se sente «feliz e completo», assumindo o «sonho» de «cimentar» a sua carreira, «ganhar reconhecimento e credibilidade para depois poder ter um programa de qualidade a meu cargo numa televisão». O ator cita a célebre frase de Fernando Pessoa – “o homem sonha e a obra nasce” – para ironizar que já tem «o sonho e a noção de obras», pelo que está «prevenidíssimo». A sua «grande ambição» passa por «ser conhecido e dessa notoriedade surgir a oportunidade para dar o salto para a apresentação, sem nunca deixar a engenharia e a representação».

Ricardo Cordeiro O ator sonha apresentar um programa numa televisão

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