A residir na Covilhã há sete anos, Nuno Campos comemora em 2013 um quarto de século de exposições de pintura. Contudo, o artista natural de Castelo Branco já pinta desde criança ou não fosse a sua mãe também pintora.
O expressionismo em óleo, o impressionismo e a aguarela académica são as suas técnicas preferidas, que tem ateliers em Castelo Branco e na Covilhã e também explora as artes performativas e a vídeo arte, uma área que está a aprofundar no mestrado em Cinema na UBI. «Gosto de captar os traços fortes, as linhas de força da natureza e transmiti-los através de outras cores ou fugindo aos cânones pré-estabelecidos, tentando conjugar o que vejo com o meu cunho pessoal», explica. No expressionismo, Nuno Campos adianta que subverte «quase todos os princípios desde posicionamento, perspetiva, cor e sombra, mas acaba por estar lá tudo na mesma».
Já realizou cerca de 50 exposições «de norte a sul do país», sem contar as coletivas, e prefere não destacar nenhuma pois todas foram «importantes» e lhe provocam «ansiedade». O pintor reconhece ser «um pouco difícil conciliar a parte académica com as exposições», daí que se dedique mais às encomendas, reconhecendo que a crise financeira também afetou a venda de quadros: «Um indivíduo já vai tendo nome e vou vendendo, mas não como antes. Agora, quem é pintor, é pintor sempre, haja ou não crise», considera. Nuno Campos define-se como um «autodidata puro», já que pinta «desde puto», mas também estudou na Sociedade Nacional de Belas Artes e concluiu mais recentemente o curso de Design de Comunicação e Produção Audiovisual na Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco.
Ricardo Cordeiro