Há um ano que a Loja Social da Fundação João Bento Raimundo funciona nas novas instalações, à entrada do Parque da Saúde, no antigo balcão dos CTT. Uma nova casa que também veio trazer mais visibilidade ao espaço cujo lema é “Dar para ajudar!”.
«Sem dúvida que este ano chegámos a mais famílias necessitadas», adianta a coordenadora da loja, Cristina Correia. Segundo os dados registados em novembro deste ano voltaram-se a atingir os níveis de 2014, com 66 famílias apoiadas, mais 23 que no mesmo período de 2016. Não se sabe se o aumento se deve a um agravamento da situação financeira dos agregados familiares, ou se é apenas fruto da nova localização, pois «as famílias não têm tanta vergonha de vir aqui», considera a responsável. Atualmente estão inscritos 364 pessoas (264 adultos e 100 crianças), às quais é fornecida roupa e brinquedos. A maioria dos casos chega sinalizado por assistentes sociais, «mas nós também procuramos ajudar quem nos procura e eu própria vou ao terreno», explica Cristina Correia. Da Loja Social podem ainda chegar refeições através da cantina social.
É nesta altura do Natal que «há uma procura maior» e também por isso existe a preocupação de dar um “miminho” às famílias de acordo com a quadra. «Costumamos fazer cabazes de natal que atribuímos aleatoriamente pelas famílias que receberam ajuda ao longo do ano», refere a coordenadora. Este ano serão distribuídos 50 cabazes, que além das batatas e do bacalhau para a tradicional ceia de Natal, incluem também um brinquedo no caso de agregados com crianças. Apesar do aumento do número de famílias carenciadas, também tem crescido o número de pessoas que apoiam, «o que é um sinal positivo». A Loja Social é aberta a todo quanto queiram ajudar e, segundo Cristina Correia, «existem casos fantásticos de pessoas que ajudam». Roupa de criança, sobretudo de menino, é «sempre o que faz mais falta», adianta a responsável, mas também de homem. Só este ano já foram distribuídas 10.299 peças de roupa.
Até ao natal, no horário de funcionamento da loja “Dar para Ajudar” vai estar também um marco de correio onde todas as crianças podem deixar a sua carta ao pai natal. Em troca, além de um docinho, as «cartas mais engraçadas e originais» poderão ser contemplados com um presente.
