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Núcleo Sportinguista da Guarda procura jogadores com dois metros

Equipa iniciou preparação para o Nacional da II Divisão B com treinos que terminam à meia-noite

O basquetebol é um desporto para «levar a sério» na Guarda. Quem o diz é Carlos Lucas, treinador do Núcleo Sportinguista da Guarda (NSG), que vai disputar o Nacional da II Divisão B Zona Centro a partir do próximo dia 4. A formação guardense apresentou-se no último sábado no pavilhão de São Miguel e venceu por 77-52 a Associação Cultural e Recreativa de Trancoso, outra equipa da sua série. Tratou-se do primeiro jogo de preparação do NSG que tem à disposição um plantel de 14 jogadores com uma altura média a rondar os 1,82 metros. Muito pouco comparativamente aos seus principais adversários. «A equipa é competitiva e a que é possível arranjar na Guarda. Mas precisamos fundamentalmente de pelo menos dois jogadores com cerca de 2 metros, que não há por cá, o que nos complica a vida, pois o Ginásio Figueirense tinha cinco jogadores com dois metros e pouco no ano passado», conta o técnico, esperando que alguém com essa «mais-valia» ingresse no IPG no corrente ano lectivo. Mas esta não é a única contrariedade de uma equipa que pretende melhorar a classificação da última época (5º), já que o Núcleo Sportinguista está a debater-se com dificuldades logísticas quanto aos treinos. O último da semana, às sextas-feiras, termina mesmo para lá da meia-noite, o que para Lucas é «impensável e complicado» quando a competição for a sério e com jornadas duplas. «Vamos ter que optar entre reduzir o treino ou então saímos quase na altura de ir para o jogo do dia seguinte», lamenta, esperando que o assunto possa ser resolvido com a autarquia, responsável pela gestão do pavilhão de São Miguel. «Senão também vamos para o estádio municipal jogar uma peladinha às 21 horas e quem quiser treinar futebol que o faça à meia noite», ironiza o treinador do NSG. Dificuldades à parte, Carlos Lucas está confiante numa boa época, até por que o plantel está este ano «mais concentrado» na Guarda não havendo mesmo ninguém a estudar fora, o que permite «trabalhar mais».

De resto, conta com jogadores jovens e motivados – «foram eles que pediram para continuarmos com o basquete», nota -, o que pode ser decisivo numa competição totalmente dominada pelas equipas do litoral, mais fortes e competitivas. «É uma série difícil, mas penso que o campeonato vai ser equilibrado», prognostica, considerando o trio constituído pelo Basket Leiria, Conimbricense e Naval como os principais favoritos. O campeonato começa no dia 4 com uma deslocação ao pavilhão do Oliveirinha. Lucas tem à sua disposição os bases/extremos Miguel Carrilho (1,83m), Frederico Fonseca (1,82) e Armando Machado (1,72); postes: Pedro Almeida (1,86), David Silva (1,92) e Pedro Pires (1,88); extremos: Daniel Branquinho (1,78), Ricardo Vaz (1,80), João Pinto (1,86) e Rui Ramos (1,85); extremos/postes: Eduardo Bernardo (1,90) e Leandro Silva (1,87); bases: José Neto (1,68) e Pedro Ferreira (1,81).

Luis Martins

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