A Câmara da Mêda inaugurou, na passada segunda-feira, o novo pólo termal de Longroiva, que custou cerca de cinco milhões de euros. A cerimónia aconteceu passados 200 anos sobre a construção do primeiro balneário naquela freguesia.
Trata-se da obra de maior envergadura jamais feita pela autarquia, num investimento apoiado por fundos comunitários através de uma candidatura apresentada pela AIBT – Acção Integrada de Base Territorial do Côa. «É uma mais-valia para o concelho e um projecto-âncora, no sentido de valorização dos nossos recursos endógenos», disse João Mourato. Para o autarca, o equipamento pode contribuir para aumentar o número de visitantes no concelho, «já que este tipo de unidades de lazer e bem-estar são cada vez mais procuradas». Aliás, actualmente, entre Abril e Novembro, as Termas de Longroiva têm uma afluência média de 40 a 50 pessoas por dia, adianta, perspectivando que, com as novas instalações, esse número possa subir para «400 pessoas por dia».
Para tal, o edil estuda agora a construção de um hotel e, eventualmente, uma parceria público-privada para a gestão do pólo termal, por enquanto a cargo da empresa municipal ADL – Águas de Longroiva. «Acredito que vão ser umas grandes termas e um grande pólo de desenvolvimento do concelho e da região», acrescentou João Mourato. O complexo inaugurado é composto por dois pisos e está equipado com unidades de tratamento termal e piscina, electro-terapia, sauna, jacuzzi e ginásio, bem como 20 banheiras de hidro-massagem e equipamentos para tratar doenças de otorrinolaringologia para 40 pessoas em simultâneo. O balneário termal é abastecido por um furo com 211,7 metros de profundidade e capacidade de 6,4 litros por segundo, que emerge à superfície a uma temperatura de 46ºc. As suas vocações terapêuticas foram reconhecidas pelo Ministério da Saúde, após o parecer favorável da Comissão de Avaliação Técnica, em 2007, para doenças do aparelho respiratório e reumáticas e músculo-esqueléticas.