O Novo Banco vai avançar com um plano de reestruturação que implica a redução, já em 2016, de cerca de mil postos de trabalho, 500 dos quais através de despedimento coletivo.
A informação foi hoje comunicada pelo presidente Eduardo Stock da Cunha durante uma reunião do Conselho de Administração com a comissão de trabalhadores do antigo BES. Posteriormente, num comunicado os representantes dos funcionários do banco adiantaram que a medida surge «no seguimento do plano de reestruturação imposto pela União Europeia e que já se encontra em curso».
O documento acrescenta que a comissão ainda não foi informada dos critérios que serão utilizados para a extinção dos postos de trabalho nem quais as estruturas do banco que poderão vir a encerrar. E sublinha que está contra a decisão e vai «lutar até ao limite das forças pela manutenção de todos os postos de trabalho e manutenção dos direitos adquiridos».
Para reverter a decisão, o organismo que representa os trabalhadores afirma que vai pedir novas audiências às mais diversas entidades: ao primeiro-ministro, ao ministro das Finanças, ao ministro do Trabalho, ao governador do Banco de Portugal, assim como aos grupos parlamentares.
A nacionalização do Novo Banco é o caminho a seguir, dizem os trabalhadores, sublinhando que já defenderam esta opção junto do Ministério das Finanças e dos grupos parlamentares.
«Não faz sentido, qualquer plano de reestruturação, sem uma definição clara do que se pretende para o Novo Banco. Vamos lutar por outra forma de solução e pela suspensão desta medida», lê-se no comunicado.