Após 13 anos de funcionamento em instalações cedidas pela Auto-Transportes do Fundão, a Escola Profissional da cidade deverá mudar-se no próximo ano lectivo para as novas instalações, inauguradas na semana passada.
O investimento, de cerca de 3 milhões de euros, contempla numa área de 4.800 metros quadrados dividida em cinco pisos para acolher 19 salas de aulas, salas de desenho e informática, oficina de construção civil e carpintaria, laboratórios de geotecnia e física, auditório com 120 lugares, refeitório para 200 pessoas, biblioteca, cozinha, pastelaria e bar, para além de gabinetes médicos e de psicologia e gabinetes de professores. No último piso haverá ainda 20 quartos, dez dos quais duplos, para os alunos deslocados. Trata-se de um equipamento vocacionado para receber 350 alunos «dentro de três ou quatro anos», completou Santos Costa, director pedagógico da escola, visivelmente satisfeito com a concretização de um «sonho com mais de uma década». Já para o autarca fundanense, Manuel Frexes, as novas instalações permitirão dar melhor resposta «à crescente procura de jovens da região e do país» pelo ensino profissional, uma vez que garante uma «formação qualificada e com saídas profissionais asseguradas», salientou.
A prova disso, para o autarca, é o «sucesso dos alunos desta escola na procura de emprego, cuja taxa de empregabilidade é muito próxima dos cem por cento» nas áreas de hotelaria, mecânica e construção civil, exemplificou. No entanto, Manuel Frexes não esqueceu a luta pela Escola Superior de Turismo e Hotelaria que pretendia ver a funcionar naquelas instalações no próximo ano lectivo. «O Fundão tem a rede escolar tradicional, ensino profissional e uma Escola de Hotelaria e Turismo (do Instituto Nacional de Turismo). Para que esta cadeia de valor acrescentado esteja verdadeiramente completa deverá contar com o ensino superior», salientou. Assim, três das 19 salas existentes nas novas instalações vão ficar «religiosamente guardadas até que se crie essa escola superior», avisou. Manuel Frexes irá de resto reunir no início do próximo mês com o ministro da Ciência e Ensino Superior para discutir este diploma. Ainda por ocasião do feriado municipal, a autarquia inaugurou um parque de estacionamento subterrâneo, junto à biblioteca municipal Eugénio de Andrade, com 330 lugares. Com um custo superior a dois milhões de euros, comparticipada em 50 por cento pelo Programa Operacional do Centro, o parque só deverá entrar em funcionamento após escolhida a sua gestão e concluído o mercado ao ar livre, actualmente em construção à superfície.