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Nova casa para Cruz Vermelha da Guarda

Além do transporte de doentes, a instituição dá apoio social, com a distribuição de roupa e alimentos, e apoio escolar

A delegação da Guarda da Cruz Vermelha tem de novo sede própria. Situadas na Avenida Dr. Afonso Costa, as instalações, há muito reclamadas, foram inauguradas em dezembro e estão dotadas de um auditório com capacidade para 24 pessoas, uma sala para os voluntários, um armazém de roupa, uma sala destinada à conservação de alimentos e ainda um quarto, com duas camas.

A parte das ambulâncias, essencial para a atividade da Cruz Vermelha, não foi esquecida e há ainda uma sala para arrumação de todo o material usado, bem como o de socorrismo e uma sala para os motoristas. A atual direção, liderada por Maria do Carmo Borges, não esconde a felicidade de terem «finalmente» novas instalações e não tem dúvidas que «vai permitir prestar um melhor serviço à população», afirma a responsável. Neste momento a delegação da Guarda tem já cinco ambulâncias ao serviço, sendo que três foram adquiridas no mandato da ex-presidente da Câmara e uma outra foi oferecida. Atualmente pondera-se adquirir um quinto veículo. É com o transporte de doentes que «ganhamos mais», explica a diretora da Cruz Vermelha da Guarda, para quem, «infelizmente, as angariações monetárias que recebemos mal dão para as despesas que temos».

Mesmo sem subsídios há vários anos, quer por parte da Cruz Vermelha nacional, quer por parte do município, a delegação da Guarda consegue empregar quatro motoristas e tem mais um em regime de POC (programa ocupacional). As ausências de apoios puseram em causa e atrasaram a construção das novas instalações, até que apareceu Joaquim Teixeira, que fez uma doação em dinheiro para ajudar a instituição. Além do transporte de doentes, a Cruz Vermelha dá apoio social, com um banco de roupa que abre todas as segundas-feiras, e distribui alimentos. A instituição está ainda atenta à formação das crianças carenciadas, disponibilizando apoio escolar. A linha 24, de apoio à violência doméstica, tem também uma parceria com a Cruz Vermelha. A nova sede tem um quarto reservado para estes casos, sendo que, por vezes, é necessário ir buscar as vítimas a casa e pernoitam a primeira noite naquele espaço.

Segundo Maria do Carmo Borges, a sede «tira um peso de cima» da instituição, que agora já não precisa de pagar renda. A sede situa-se num terreno cedido pela Câmara, na altura presidida por Joaquim Valente, através de um contrato de comodato por 50 anos que pode ser renovado no final deste período. Mas responsável não quer ficar-se por aqui e já desafiou Álvaro Amaro a ceder o terreno contíguo para ali criar um pavilhão de atividades.

Ana Eugénia Inácio Sede foi inaugurada em dezembro

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