Estão para breve as nomeações para alguns dos organismos desconcentrados do Estado na Guarda. Ao que tudo indica, as escolhas deverão surgir ainda este mês, concluído que está o estudo da estrutura do Estado promovido pelo executivo de Passos Coelho.
«A lógica do Governo era não fazer nomeações enquanto essa análise não estivesse pronta, até para se saber que entidades eram extintas. Com o processo finalizado, o Conselho de Ministros deverá aprovar brevemente a reestruturação orgânica do Estado e só depois serão nomeados os novos dirigentes distritais», disse a O INTERIOR fonte conhecedora do processo. No entanto, por cá, um dirigente do PSD, que pediu anonimato, confessa que há «algum descontentamento» no seio da estrutura local do partido por nada ter mudado desde junho. «É tempo demais, o que ninguém compreende, porque se tem assistido a nomeações e concursos no mínimo suspeitos nalguns desses organismos», denuncia. E exemplifica com a recente abertura de procedimentos para recrutamento de três diretores intermédios no Centro Distrital de Segurança Social da Guarda. «É preciso pôr cobro a isto», considera.
O que já é praticamente certo é que a atual administração da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda tem os dias contados. O INTERIOR soube que a tutela já informou o seu presidente, o médico Fernando Girão, que não vai ser reconduzido no cargo, tal como os restantes elementos do CA. Para o substituir, o nome mais badalado é o de Ana Manso, administradora hospitalar de carreira, atualmente em funções na Guarda. «Tem o currículo ideal para a função e será a mais bem posicionada, mas está tudo em aberto», revelou fonte partidária. Mais problemática deverá ser a escolha da nova direção distrital da Segurança Social, cujo ministro é do CDS-PP (Mota Soares) e o secretário de Estado do PSD (nem mais nem menos que um dos vice-presidentes do partido Marco António Costa). Resta saber qual o acordo entre os dois partidos nesta matéria.