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No luar do nevoeiro…

A Guarda foi brindada no passado fim-de-semana com a mais brilhante afirmação no triste anedótico político. Distinto dirigente socialista, Capoulas Santos asseverou perante os seus camaradas que o PSD é um bando de garotos…

Com esta “certeza”, Capoulas Santos “alimenta” as suas hostes e, com a argumentação doutrinal governamental, os membros do governo pretendem garantir o adormecimento da população fazendo-nos crer que não é possível fazer diferente.

O calendário político vai agora acelerar e estas duas linhas discursivas vão agora ser aprofundadas pelo marketing do governo e do PS que, convenhamos, são cada vez mais indistintas.

O que vier a acontecer no final vai depender da vontade expressa dos portugueses. Pede-se participação expressiva e manifestação clara da preferência governativa que possa dar tempo a uma década ganha ao invés da década perdida que nos “ofereceu” o PS.

Percebemos hoje, e para mais de 2 milhões de cidadãos de forma ainda mais cruel e dramática, que a realidade económica e social – a ordem não é de todo arbitrária – é implacável e, de todo em todo, ameaça alargar os seus estragos.

Esta herança pode até nem ser da exclusiva responsabilidade “deste PS”. Podemos até imputá-la às heranças das governações do PSD, à governação do “outro PS” e até do resto do mundo e agora também a cada um dos que nascem.

Mas um dado é evidente: nunca como agora um partido disse tão mal das maiorias absolutas do PSD e, depois, com a sua única maioria absoluta tudo fez para desbaratar e maltratar essa importante condição de governabilidade em território luso.

Da crispação política fez método, da descida do léxico político fez arma de arremesso político-partidário, da informação controlada e tutelada fez o anestesiante ideal aos bons dos portugueses.

Como cidadão e militante social-democrata, espero e desejo que o novo ciclo político possa inverter aquela prática político-ideológica que tem desbaratado e desvalorizado as “coisas da res-publica”.

Depois a aposta na dita sociedade civil é o outro tónico essencial para a superação da dieta económica receitada pelas governações e práticas socialistas.

Outra grande novidade da semana passada, e também na Guarda, reporta-se à aquisição, sob a responsabilidade do município, do edifício conhecido por “Bacalhau”.

Por apenas um milhão e meio de euros (?), a Câmara Municipal aumentou o seu património imobiliário, antes enunciou a indispensabilidade na venda de património para equilibrar as contas.

Por apenas um milhão e meio de euros vai facilitar a vida a uma importante unidade de ensino, uma importante mais-valia para a cidade.

Ainda a avaliar pela oportuna omissão opinativa dos partidos políticos e da inteligência sempre aguda e esdrúxula de alguns “donos da praça pública”, apenas nos esclarece que o negócio é honroso para toda a comunidade bem merecedora desta união concelhia pelo desenvolvimento do município.

Reavivando agora crónicas e opiniões anteriores veiculadas publicamente, pode-se hoje perceber os alinhamentos esboçados e afirmados em tempos eleitorais locais.

Neste negócio apenas ficam muito mal os eleitos para a Assembleia Municipal que, maioritariamente, votaram pela exigência que fosse o governo central a construir a escola em terreno cedido pelo município.

Do excelente negócio apenas sobressaem, como grandes timoneiros, os cinco vereadores eleitos pelo PS e muito mal ficam os deputados municipais que, por cada reunião, arruínam nuns milhares de euros o erário do município.

Ainda bem para todos nós e, felizmente, por cá as dificuldades são menores do que suponha e a gestão dos benefícios e dos prejuízos é democraticamente distribuída.

Por: João Prata *

* Deputado na Assembleia da República eleito pelo PSD

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