Encontrei este nome peculiar em Amesterdão e trata-se de toponímia de uma avenida que vem da estação de comboios para a praça principal. É uma avenida onde podemos alugar bicicletas, arranjá-las, apanhar o tram/eléctrico de Central Station para Casino Amsterdam onde está o Hard Rock Café. Na N.Z. Voorburgwal encontramos no nº 137 o Mellys Cookie Bar e o Tulip Inn Hotel no nº 50. Entrei no Melys para tomar um chá e assisti a um atropelamento de uma bicicleta por um peão distraído que correu sobre ela. No Mellys há biscoitos como os da avó, há bolos caseiros em fatias e chás e café de todo o mundo. Magoou-se a menina da bicicleta e fugiu o peão – um selvagem. Convidei-a para um chá e comentámos em inglês as agruras dos ciclistas de Amesterdão com aqueles turistas irresponsáveis. Pedi um bolo e outro chá. Bebemos todos alternando línguas. Ela queixava-se em holandês, a empregada morena respondia em inglês. Depois a empregada do bar falou castelhano e identificou-se como basca. Acalmou-se a ciclista. Chegou o dono do bar, que era o Guillermo – argentino. Connosco esteve o Jorge Pattantyus, que vinha por um “expresso” e era português cheio de múltiplas origens e que trabalha em consultadoria de viagens. A menina da bicicleta foi melhorando e acabou por sair sorrindo com a coxa levemente ruborizada. O Jorge percebeu-me pelo sotaque e eu guardei o seu mail para quem lhe deseje os serviços jppattantyus@dds.nl. Vale a pena ir a um lugar sob orientação de quem o conhece. Ele sugeriu-me algumas delícias de Amsterdão que aqui deixo: Chocolates na Puccini, que fica em Singel Ring 184, e um café na Nievwe Doelen Straat 20, e eu fui e gostei. E o mundo é afinal isto mesmo: um autor basco sugerido pela “camarera”, uns lugares que o Jorge gosta e uma bicicleta quebrada num acidente tonto em frente a um bar fantástico. E o meu mundo ficou mais vasto.
Por: Diogo Cabrita
