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«Não sou fomentador de guerrilhas»*

Na edição de 12 de Julho passado publicou “O Interior” uma notícia com o título “Jorge Mendes vence Joaquim Brigas pela terceira vez”. Ao abrigo do direito de resposta, solicito a publicação do seguinte esclarecimento.

1. As eleições para Presidente do IPG do passado dia 6 de Julho foram a repetição do acto realizado há três anos, repetição essa decretada por decisão judicial. E relembro que a necessidade de tal repetição se deveu às graves irregularidades na composição do colégio eleitoral. Por isso, a afirmação de que «já ganhou a Joaquim Brigas por três vezes» é falaciosa e não corresponde à verdade, já que a eleição de Março de 2004 é nula, logo sem valor.

2. Não obstante esta situação, há alguns aspectos nas afirmações proferidas pelo Prof. Jorge Mendes que não posso deixar de contestar. Rejeito o epíteto que pretende atribuir-me de fomentador de «guerrilhas» no IPG, pois se esse clima de conflitualidade existe na instituição, foi exactamente o Prof. Jorge Mendes que o criou.

Relembro uma vez mais a todos que a partir do momento que o Prof. Jorge Mendes teve conhecimento do pedido de impugnação do acto eleitoral de 18 Março de 2004, procurou, por todas as vias, dificultar e obstacularizar o trabalho desenvolvido na Escola Superior de Educação da Guarda. Procurou atingir-me enquanto Director da ESEG e durante este tempo trabalhei sempre na adversidade.

Foram infelizmente três anos complicados na vida do IPG, que em nada dignificaram a instituição. Mas reafirmo que a situação se deveu ao facto de o Prof. Jorge Mendes “ter brincado com o acto eleitoral”, ao viciar a composição do colégio eleitoral, com o fim único e exclusivo da sua reeleição.

3. Afirma ainda o Prof. Jorge Mendes, que a minha campanha foi agressiva. Só o terá sido pelo facto de eu ter apresentado um projecto para o IPG, à volta do qual reuni uma comissão de apoio, constituída por vários autarcas, dirigentes e empresários da região. Só o terá sido, por termos em conjunto procurado desenvolver e credibilizar o IPG. Finalmente só terá sido agressiva por termos defendido um projecto que, incompreensivelmente, não foi aceite pelo eleitorado interno. Mas também por isso, estou grato a todos que a quiseram integrar, o meu movimento, e juntar-se às minhas ideias.

4. Reconheço os receios do Prof. Jorge Mendes face a uma nova contestação dos resultados eleitorais, pois sabe muito bem que o processo eleitoral, apesar de tudo, não foi transparente nem isento. Na altura adequada tomei a liberdade de informar o Ex.mo Senhor Ministro da tutela, da forma pouco transparente e pouco democrática como se estava a desenrolar o recente processo eleitoral, justificações que poderei tornar públicas a todo o momento

5. Engana-se o Prof. Jorge Mendes ao tentar pessoalizar as eleições, dizendo que foi uma campanha contra si. Não! A minha campanha foi contra a situação de marasmo e declínio em que caiu o IPG nos últimos anos, situação cuja responsabilidade atribuo à Presidência do IPG.

6. Por saber que não sou, não fui, nem serei o fomentador de “guerrilhas” no IPG, mantenho-me na Escola Superior de Educação da Guarda onde desenvolvo um trabalho reconhecido na Guarda, na nossa região, e na nossa área de influência.

* Título da responsabilidade da Redacção

Joaquim Brigas

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