Arquivo

«Não sou contra o “shopping”, mas há que ter imaginação para atrair as pessoas ao comércio tradicional»

Cara a Cara – Entrevista

P – O que o levou a candidatar-se à presidência da Associação Empresarial da Covilhã, Belmonte e Penamacor?

R – Para continuar o trabalho efectuado pela anterior direcção. Os últimos três anos foram muito intensos e era uma pena deixar morrer este trabalho. Ainda há outros projectos para desenvolver em termos de obra, porque esta associação tem pernas para andar.

P – Que outros projectos tem em mente?

R-Diversos. Não vou citar nenhum em especial, mas, por exemplo, criar boas condições de trabalho.

P – A construção da nova sede é, portanto, um objectivo?

R – Sim. O terreno está definitivamente pensado e estamos a aguardar apenas uma reunião com a autarquia para começarmos a elaborar o projecto. Esperamos iniciar as obras ainda este ano para darmos mais condições de trabalho aos nossos funcionários e mais regalias aos associados.

P – Que tipo de regalias?

R – Muitas, mas apenas serão divulgadas depois de uma reunião de direcção. Somos nove elementos e cada um deverá ter ideias para apoiar as diversas áreas de negócio.

P – Num universo de 1.200 associados, votaram apenas 80. Como encara esta participação?

R – É um fenómeno que atravessa todo o movimento associativo. Há um desinteresse geral que passa não só pela AECBP, mas por todas as associações. Eu não sou obrigado a assumir direcção nenhuma. Tenho é a obrigação de criar uma direcção e seguir uma linha de trabalho. É desta forma que o português tem que olhar para as associações.

P – A atracção de novos associados é uma das medidas?

R – É um dos grandes objectivos. Já temos um grande número de associados mas pretendemos reforçar ainda esse número e criar algum peso no concelho. Só assim poderemos vincar e pôr a autarquia local a olhar-nos de outra forma e ter algum interesse por nós.

P – Acha que a AECBP é discriminada pela Câmara da Covilhã?

R – De forma alguma. Mas, como qualquer associação, gostaríamos de ter mais algum apoio. Contudo, estamos esperançados que vamos fazer um bom trabalho e que a Câmara da Covilhã nos vai facilitar as obras para a sede. Temos que estreitar os laços e solidificar alguns pontos com a autarquia, que penso estar esperançada que a AECBP comece a trabalhar para lhes darmos também algum apoio.

P – Pensa igualmente solidificar as relações com outras associações do distrito?

R – Sim. Temos que definir muito bem o nosso trabalho, as nossas bases e tentar não entrar em choque com ninguém. Esperamos que também não entrem em choque connosco, porque não estamos aqui para esse tipo de jogo.

P – Está prevista a expansão da associação aos concelhos de Belmonte e Penamacor?

R – Vamos tentar que as essas autarquias nos dêem um espaço para ali colocarmos alguns dos nossos funcionários e estarmos mais perto dos nossos associados. Esta foi uma ideia que a anterior direcção pensou desenvolver e que nós vamos tentar levar a cabo.

P – Antevê-se um futuro complicado para o comércio tradicional com a abertura do novo “shopping” da Sonae. De que forma a AECBP poderá salvaguardar os interesses dos seus associados?

R – Não sou contra o “shopping”. A concorrência é sempre salutar. Agora teremos que ter imaginação para fazer com que as pessoas venham ao comércio tradicional.

Sobre o autor

Leave a Reply