No fim-de-semana da Páscoa e aproveitando o facto de ter por cá uns familiares, sugeri que fossemos dar um passeio à bonita vila de Belmonte, que tem vários museus interessantes, para os mais novos e para os mais velhos.
Chegados lá, o dia estava bonito (sol e uma ligeira brisa) e fomos fazendo as ditas visitas pelos diferentes museus. O horário de encerramento era às 17h30 e no último que visitámos quando saímos (seriam umas 17h20) a única coisa que ouvimos da pessoa que nos atendeu para um casal de turistas, com dois filhos, foi que, se calhar, nem valeria a pena entrar porque às 17h30 impreterivelmente tinham de fechar!
Com alguma insistência destes lá os deixaram entrar a contragosto!
Dei comigo a pensar: é desta forma que se atraem para cá os turistas?? Quando temos um emprego seguro, devemos, principalmente nos tempos que correm, dar-nos por muito satisfeitos, uma vez que o paradigma de Portugal não é este! No entanto não podemos ter atitudes destas! Há que separar, como dizia a parábola “O trigo do Joio”, mas separar mesmo, e não deixar que o joio acabe com o trigo! Detesto gente que acha que só tem direitos! Que não “veste a camisola” do sítio onde trabalha! Para estes há um ditado que diz: “Quem está mal… muda-se!” Com atitudes destas, o efeito de trazer turistas a visitar-nos e que estes deixem cá dinheiro é o contrário do desejável!
Fomos ainda a um castelo e quando lá chegamos, apesar de haver mais de 30 pessoas, dos mais diversos sítios, a querer fazer uma visita (ainda que rápida), pudemos constatar uma coisa! Às 17h30, impreterivelmente, o castelo fecha!
Para acabar deslocamo-nos a um café/restaurante com uma esplanada, mas para nos sentarmos na dita, o Rodolfo teve de fazer de empregado de mesa e andar com um pano a limpar as cadeiras e as mesas! Aí senti-me envergonhado por constatar que há por cá muita gente que não tem brio profissional e não gosta de trabalhar!
Destes não precisamos cá! Emigrem! E se possível para bem longe! Entretanto fui a Guimarães e comprovou-se que a Estrada da Beira e a Beira da estrada não são a mesma coisa!
Por: Rodolfo Queirós
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