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«Não desejamos eleições, mas não as tememos»

Secretário-geral do PSD inaugurou nova sede distrital do partido na Guarda

Na sua primeira visita a uma sede do partido após ter sido nomeado para secretário-geral do PSD, Miguel Relvas apadrinhou, na semana passada, a inauguração das novas instalações do partido na Guarda. A mudança acontece por o edifício do Café Central ter sido adquirido por uma entidade bancária, sendo que esta sede fica a poucos metros da anterior.

Na passada quinta-feira, foi possível encontrar alguns dos actuais e antigos autarcas do distrito no segundo andar do número 3 da Rua Marquês de Pombal, como António Edmundo, Júlio Sarmento, Batista Ribeiro, Rui Quinaz, José Manuel Biscaia ou João Mourato. Também os deputados João Prata e Carlos Peixoto não faltaram à cerimónia, assim como Ana Manso, Fernando Lopes ou Manuel Rodrigues, recém-eleito presidente da concelhia guardense. Na sua intervenção, e depois de olhar para diversas fotografias de antigos líderes do partido, Miguel Relvas disse que a Guarda é «muito mais estável que o país», isto porque teve cinco presidentes nos 36 anos que conta o partido, assinalados nesse dia, enquanto que a nível nacional o PSD já teve 13. Sobre o actual estado do país, o secretário-geral do PSD assegurou que «não desejamos eleições, mas não as tememos», acusando o primeiro-ministro de governar «de 15 em 15 dias, quando vai ao Parlamento, e aos fins-de-semana quando anda pelo país».

Para o dirigente, Sócrates arrisca-se mesmo a ficar na história pelas «piores razões», pois «o país precisa de um primeiro-ministro que seja menos líder do PS e mais primeiro-ministro de Portugal», reforçou. Miguel Relvas apelou ainda à união dos militantes para «convencer o país» a dar ao PSD a vitória em próximos actos eleitorais. Aos jornalistas, o secretário-geral social-democrata admitiu que a Guarda é uma autarquia «importante» para o seu partido: «Em primeiro lugar, porque é liderada pelo PS há muitos anos e, em segundo, por ser das capitais de distrito que menos se desenvolveram», justificou, garantindo que o município «precisa de passar por uma experiência de um autarca do PSD». Escusando-se a comentar se Manuel Rodrigues poderá ser ou não um bom candidato, por faltarem três anos para as autárquicas, Miguel Relvas disse apenas esperar que o partido apresente «um candidato que ganhe a Câmara da Guarda».

De resto, «se o PSD não conseguiu, até hoje, eleger um presidente da Câmara, a culpa não é da população. A responsabilidade tem sido nossa, que ainda não apresentámos um candidato suficientemente arrebatador e com um projecto suficientemente forte para convencer os guardenses», sublinhou. Por sua vez, Álvaro Amaro salientou que o partido não estava na nova sede «por vontade própria»: «Temos andado com a casa às costas, mas agora temos a casa arrumada. Encontrámos um novo espaço que tem condições de grande dignidade que todos os militantes, sem excepção, merecem», realçou o líder da distrital.

Ricardo Cordeiro Miguel Relvas defende que a Câmara da Guarda «precisa de passar por uma experiência de um autarca do PSD»

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