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Mutualista critica Câmara da Covilhã por inviabilizar o aumento do lar

Para Carlos Casteleiro, trata-se de uma «decisão política» e não técnica

O presidente da Associação de Socorros Mútuos “Mutualista Covilhanense”, Carlos Casteleiro, criticou, durante a comemoração do 76º aniversário da instituição, no último sábado, a «decisão errada» da Câmara da Covilhã de inviabilizar o projecto de ampliação do Centro Comunitário de Apoio ao Idoso.

Na última reunião camarária, o executivo optou por indeferir o projecto de ampliação do lar por considerar que não haveria condições para tal, preferindo, ao invés, estudar novas soluções. Contudo, a deliberação não foi bem recebida pela Mutualista, já que perdeu a oportunidade de se candidatar a uma verba de cerca 900 mil euros, no âmbito do Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais (PARES), lançado pelo Governo para combater a exclusão social dos idosos. O projecto, que apenas necessitava do parecer positivo da autarquia para viabilizar a obra, previa a ampliação do lar na zona do sótão para mais 20 pessoas e outras 15 em centro de dia, para além da criação de um ginásio para fisioterapia. Uma solução que permitiria «reduzir a lista de espera dos interessados» e «viabilizar» a própria instituição, disse Carlos Casteleiro, apesar de reconhecer que o Centro Comunitário não está instalado «no melhor local, não possui jardins e tem, efectivamente, algumas barreiras».

Ainda assim, acha que «vale mais este lar, do que a solidão numa casa», argumentando que a instituição possuiu condições físicas e humanas para fornecer aos utentes «uma boa qualidade de vida e bem-estar». Durante o seu discurso, o presidente da Mutualista não escondeu a indignação pela decisão «numa cidade em que se constroem gavetas de habitação, onde se amontoam habitantes sem espaços de lazer, impedindo centenas de pessoas de viverem condignamente», criticou. Na sua opinião, trata-se somente de uma «decisão política» e não técnica, pois um dos documentos que a Câmara necessitava para aprovar o projecto era o parecer positivo do IPPAR «e isso nós temos», apontou Carlos Casteleiro. Por enquanto, a direcção aguarda pela explicação oficial sobre a inviabilização do projecto e por uma solução da Câmara para a ampliação do lar. Actualmente, a Mutualista tem 40 utentes em lar de internamento, cerca de 60 em lar de dia e presta apoio domiciliário a mais de 30 idosos.

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