O Museu do Côa, inaugurado há quase um ano, foi considerado o melhor projeto de engenharia pela revista da especialidade “Construir”. O prémio foi entregue na semana passada ao GOP – Gabinete de Organização de Projetos, responsável pelos projetos de especialidade daquele empreendimento, numa cerimónia que também distinguiu personalidades, empresas e empreendimentos da área da arquitetura, construção, engenharia e imobiliário.
O museu, situado nas proximidades de Vila Nova de Foz Côa, desenvolve-se em quatro pisos que englobam auditório, serviço educativo, área administrativa, loja e salas expositivas. Construído no sítio de José Esteves, sobranceiro à foz do Côa no Douro, o edifício desenhado pelos arquitetos Tiago Pimentel e Camilo Rebelo estabelece uma forte interação com a paisagem. No interior do segundo maior museu do país – tem 6.600 metros quadrados de área coberta, o visitante pode contextualizar e ficar a conhecer a arte paleolítica descoberta nas margens do Côa, uma área considerada Património da Humanidade pela UNESCO. Lá estão vários achados daquele período, representações de gravuras e reconstituições a três dimensões de algumas rochas, com destaque para a verdadeira obra de arte paleolítica do Fariseu. A empreitada e musealização custaram cerca de 18 milhões de euros, mais de metade dos custos inicialmente previstos para a localização da Canada do Inferno, onde a construção deste equipamento teria custado qualquer coisa como 30 milhões de euros, segundo o IGESPAR. O edifício acolhe ainda a sede do Parque Arqueológico do Vale do Côa (PAVC).
