O Museu da Guarda comemora, amanhã, o Dia Internacional dos Museus com duas exposições temporárias, uma iniciativa dedicada ao coleccionismo dos mais novos e o lançamento da medalha comemorativa do centenário do Sanatório Sousa Martins. Este ano a efeméride é dedicada ao Património Universal. Já no sábado acontece a “Noite do Museu”. A instituição estará de portas abertas das 20 horas à uma da madrugada, com sons e sabores de Cabo Verde e Brasil, projecção de filmes, instalações multimédia e visitas guiadas, tudo para aproximar o museu de outras comunidades e gerações.
O mesmo objectivo norteia a celebração do Dia Internacional dos Museus, que começa com “Trocas entre miúdos”. Esta iniciativa pretende fomentar a interacção entre a comunidade escolar do primeiro ciclo do ensino básico do distrito, já que as crianças foram convidadas a expor os objectos das suas colecções pessoais, a partilhar conhecimentos e a promover trocas entre si. Às 16h30 os Amigos do Museu da Guarda lançam a medalha comemorativa do centenário do Sanatório Sousa Martins, concebida pelo escultor José Teixeira. Cerca de hora e meia depois será inaugurada a exposição “Pintura Mural da Beira Interior”, que resulta de uma investigação da Escola Superior de Artes Aplicadas (ESART), do Instituto Politécnico de Castelo Branco, e da delegação regional do IPPAR. Patente até ao final de Junho, esta mostra documental revela o espólio pictural murário dos séculos XV ao XVII descoberto em igrejas, capelas e ermitérios medievos dos distritos de Castelo Branco e Guarda.
Trata-se de uma pintura centrada sobretudo na vida de Cristo, de Maria e na vertente hagiográfica, imagens que souberam substituir a palavra como forma de catequização dos fiéis. No âmbito desta temática o museu organiza, a 25 e 26 de Junho, um “workshop” de pintura mural a fresco, sob a orientação de especialistas nesta arte pictórica. As inscrições decorrem até 23 de Junho e são limitadas. Outra proposta é a exposição intitulada “Meninos Gordos: contar uma história através da faiança”, que narra a passagem por várias terras portuguesas de dois irmãos «belos, gigantes e gordos», por volta de 1840. Daí resultaram pratos, canecas e paliteiros, feitos por fábricas de cerâmica nortenhas, que podem ser vistos até Julho. Durante o dia haverá ainda visitas guiadas às exposições permanente e temporária do museu. Na Covilhã, o Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior também participa nestas duas iniciativas e propõe visitas guiadas, exposições temporárias de pintura e arte têxtil, ateliers na oficina, uma palestra e recitais de música e poesia.
Luis Martins