Arquivo

Municípios da Cova da Beira contra portagens na A23 e A25

Associação de municípios diz que os percursos alternativos não são viáveis e que cobrança afectará a competitividade da região

A Associação de Municípios da Cova da Beira (AMCB) aprovou um manifesto contra a decisão do Governo introduzir portagens nas auto-estradas A23 e A25. «Exigimos uma discriminação positiva face aos índices de disparidade de rendimentos, investimentos públicos e privados e, por isso, total isenção para as populações e empresas locais», lê-se na moção.

«A introdução de portagens afectará a competitividade de todos os intervenientes geradores de serviços e riqueza locais e regionais, bem como a mobilidade sustentada que os municípios da região têm como necessária e fundamental para o seu desenvolvimento e integração solidária da sua população», considera a AMCB, em comunicado. Além disso, a entidade presidida por António Ruas, autarca de Pinhel, alega não haver «verdadeiras alternativas de circulação» em estradas nacionais, o que justifica a isenção dos cidadãos locais e das empresas instaladas nos distritos da Guarda e Castelo Branco abrangidos por estas auto-estradas. O «estado precário» de algumas rodovias leva mesmo a associação a afirmar que esses «percursos não devem ser considerados como alternativas de circulação».

Além disso, a associação recorda que a região já vive num quadro fiscal «penalizador com o IVA e impostos sobre os produtos petrolíferos mais elevados, além da ausência de investimentos públicos centrais». No manifesto, os municípios citam ainda o estudo da Estradas de Portugal, realizado em 2006, que refere a «impossibilidade de introdução de portagens nas concessões da Beira Litoral e Alta (A25) e Beira Interior (A23)», por não cumprirem a maioria dos critérios de desenvolvimento exigidos para passarem a ser auto-estradas pagas.

Sobre o autor

Leave a Reply