João Perna prestou «esclarecimentos complementares» que levaram Rosário Teixeira a promover a alteração das medidas de coação.
O procurador Rosário Teixeira e o juiz Carlos Alexandre concordaram com o pedido da defesa de João Perna e aceitaram libertar o ex-motorista de José Sócrates. «Era o nosso grande objetivo e estamos muito contentes», confirma o advogado Ricardo Marques Candeias.
João Perna foi ouvido pela segunda vez na última quinta-feira e prestou «esclarecimentos complementares» que levaram Rosário Teixeira a promover a alteração das medidas de coação para prisão domiciliária.
Por enquanto, o motorista vai continuar preso preventivamente na cadeia da PJ enquanto os serviços prisionais preparam o processo de transferência para casa. João Perna passará a usar uma pulseira eletrónica e não poderá sair de casa. Está preso desde 21 de novembro e foi indiciado pelos crimes de fraude fiscal e branqueamento de capitais.
Entretanto, o “Expresso” revela na edição de hoje que no interrogatório a que foi sujeito, depois de ter sido detido a 21 de novembro, José Sócrates admitiu perante o Ministério Público e o juiz de instrução criminal Carlos Alexandre que foi recebendo dinheiro nos últimos anos do empresário da construção civil Carlos Santos Silva.
Citando fonte judicial, o semanário noticia que, quando confrontado com entregas regulares em numerário e com pagamentos de viagens e outras despesas, o ex-primeiro-ministro terá justificado que se tratou de «empréstimos pessoais».