Em 2007 morreram, na área da Sub-Região de Saúde da Guarda, seis bebés com menos de um ano. Os óbitos foram registados no Sabugal (devido a um síndrome de má-formação), em Aguiar da Beira (um “grande prematuro” que acabou por morrer por causa de uma insuficiência cardio-ventilatória), em Pinhel (um traumatismo à nascença) e em Trancoso (causas não apuradas).
Para além destas mortes, ficaram registadas outras duas – em Torroselo (Seia) e na Guarda –, mas que terão acontecido em hospitais fora da região. Por outro lado, dos seis óbitos, quatro ocorreram em bebés com menos de sete dias. Mas este número foi suficiente para que a Guarda constasse da lista das piores Sub-Regiões no que se refere à mortalidade perinatal, segundo os dados revelados recentemente pela Direcção-Geral de Saúde. No cômputo geral, estes óbitos, aliados à baixa natalidade verificada no distrito, colocaram a Sub-Região acima da média nacional no que se refere à mortalidade infantil (bebés com menos de um ano de idade). A explicação é de Isabel Coelho, directora daquele organismo, para quem os números absolutos «não são significativos». Em 2007, a natalidade continuou a sua tendência decrescente, só que o número de óbitos «também diminuiu», explica a médica. Isabel Coelho assegura que os casos verificados nada têm a ver com a falta de cuidados de saúde. «São situações que ninguém pode prever», argumenta. O traumatismo à nascença, em Pinhel, poderia constituir uma excepção, mas a directora diz desconhecer «o que terá levado, concretamente, à morte».