Apesar da carga negativa ligada à palavra “contentores”, as reacções de alunos e professores da Escola Afonso de Albuquerque aos monoblocos climatizados colocados no recinto escolar a servir de salas de aula não têm sido negativas. É verdade que logo de manhã estes espaços estão bem friinhos, é verdade que muitas vezes o ar se torna rapidamente abafado por o tecto ser mais baixo e se torna necessário abrir as janelas, é verdade que o barulho das obras nos Monoblocos de Baixo é uma cega-rega muito difícil de suportar. Fora isso, os contentores recomendam-se, têm bom equipamento e as coberturas não deixam molhar ninguém nos corredores.
Para já o panorama é este num Outono pouco chuvoso. Os monoblocos entretanto já meteram água na trovoada que antecedeu o início das aulas e já se voltaram a fazer testes de impermeabilização. Entretanto só as primeiras chuvas a sério poderão indicar se não há infiltrações sistemáticas nos monoblocos.
Em todo o país, são 1800 os monoblocos espalhados pelas escolas em obras (noventa e duas, para um total de 450). Ou seja são cerca de 20% as escolas em obras e um total de 100.000 alunos afectados. No total 205 escolas vão estar em obras até 2013 com 2.450 milhões de euros de custos. Para já, o total de investimento comprometido é de 1.135 milhões de euros em 105 escolas.