O ministro da Justiça afirmou, nas comemorações do 61º aniversário da Polícia Judiciaria (PJ), que o encerramento das delegações daquela polícia – entre as quais a da Guarda – é «uma crónica de uma realidade que não acontecerá».
Na última sexta-feira, numa cerimónia realizada em Setúbal, Alberto Costa admitiu «haver estudos, mas não decisões», considerando que «um mau serviço público é precisamente especular sobre coisas não decididas». O governante reiterou ainda que a criminalidade é «uma preocupação do Governo e sempre foi uma das suas prioridades». Divulgada na semana passada, a proposta de reorganização da Judiciária, no âmbito do Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE), sugere o fecho dos Departamentos de Investigação Criminal (DIC) em Portimão, Setúbal, Leiria, Aveiro, Braga e Guarda. No caso da cidade mais alta, se esta sugestão for concretizada, a PJ perderá o seu último serviço no interior do país, enquanto os cerca de 60 funcionários seriam transferidos para a futura Unidade Territorial do Centro, em Coimbra. Nessa eventualidade, o Ministério da Justiça esvaziaria um edifício novo, inaugurado há dois anos, e que custou ao Estado mais de dois milhões de euros.