Arquivo

Ministro da Agricultura brindou aos 65 anos da Adega de Pinhel

Data foi assinalada no sábado com um “Pinhel” de honra, um vinho que homenageia todos os associados da cooperativa

Os 65 anos da Adega Cooperativa de Pinhel foram assinalados no sábado com o lançamento de um novo vinho, o “Pinhel”, lote “celebração 65º aniversário”, «uma homenagem a quem trabalhou na vinha ao longo destes anos», disse o presidente da instituição na cerimónia de aniversário que contou com a presença do ministro da Agricultura, Capoulas Santos.

A efeméride ficou também marcada pela inauguração do novo armazém de engarrafamento, integrado num projeto de modernização técnica e tecnológica da cooperativa que representa um investimento de cerca de 836 mil euros. O novo espaço vai permitir engarrafar todos os vinhos e servirá também de central de carga e descarga e de escritório. A obra surgiu no seguimento do plano de modernização tecnológica em que a Adega de Pinhel tem apostado nos últimos anos. Depois de anos com «algumas dificuldades» a nível financeiro, com a hipoteca do edifício em cima da mesa, a cooperativa pinhelense conseguiu dar a volta. Algo que «orgulha» Agostinho Monteiro, para quem a obra atual «reúne as quatro gerações» que investiram na instituição. O presidente da direção fala da Adega como «a menina bonita do concelho» e não tem dúvidas que está «cada vez mais forte e melhor».

No seu discurso, o responsável salientou por várias vezes a importância da Adega para a economia local, mas também como um meio promocional do concelho, considerando que «sempre que levamos uma garrafa, ou a oferecemos, levamos um pouco de nós e da nossa história». A Adega de Pinhel tem recebido alguns apoios e Agostinho Monteiro considerou positivo que «o Governo venha ver o que fazemos», mas aproveitou a presença de Capoulas Santos para pedir mais. Um dos pedidos foi a continuação do programa VITIS, lembrando que «onde há uma vinha não há incêndios e há alguém a criar emprego». O presidente da direção destacou ainda a necessidade de «devolver a agricultura de produtores», lamentando que «tudo é extremamente burocrático».

Na sua opinião, falta também «um fundo financeiro que nos permita chegar onde queremos». Outro dos problemas apontados prende-se com a faturação, pois, segundo Agostinho Monteiro, «é impossível decidir com um ano de antecedência a que preço faturar as uvas, pois há uma incerteza muito grande, as uvas valorizam em função do negócio que vai decorrer». De Capoulas Santos, que tirou alguns apontamentos, chegou a garantia de que o VITIS vai continuar, pelo menos, até 2023, pois acredita que é «uma alavanca para o setor nos próximos tempos». O governante anunciou ainda que está a ser estudada a atribuição do estatuto de «agricultura familiar», uma espécie de «sistema fiscal que descrimina positivamente» os pequenos produtores.

Ana Eugénia Inácio Agostinho Monteiro, à esquerda, Capoulas Santos, no meio, e Rui Ventura, à direita

Sobre o autor

Leave a Reply