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Minibus liga aldeias a Pinhel uma vez por semana

Uma vez por semana, além da carrinha do padeiro, do merceeiro e do vendedor de peixe, há agora um minibus que vai a todas as aldeias de Pinhel para transportar quem o pretender até à sede do concelho.

Esta verdadeira revolução na mobilidade intraconcelhia, arrancou em Setembro com o objetivo de facilitar a deslocação das pessoas a preços reduzidos e foi um projeto inédito de transportes coletivos na região. O “Pinhel SIM” é um serviço disponibilizado pela autarquia e pela transportadora Transdev com cinco carreiras entre as aldeias e a “cidade-falcão” (uma por dia), um circuito urbano (diário) e um serviço de transporte a pedido. Duas vezes por semana (sexta e domingo) haverá ainda ligações à estação de caminhos-de-ferro de Vila Franca das Naves, no concelho de Trancoso. Tudo a «preços acessíveis e sustentáveis», garante o edil local Rui Ventura, já que os bilhetes têm o preço único de um euro nas ligações (ida e volta) para as freguesias e de 0,50 euros no percurso urbano.

«Com este projeto queremos fomentar a mobilidade daqueles que mais precisam», disse o presidente do município, na assinatura do acordo realizada na passada quarta-feira nos Paços do Concelho. Na ocasião o edil revelou que a ideia deste serviço surgiu após um munícipe lhe ter confidenciado que não ia à sede do concelho há mais de meio ano. «Fiquei estupefacto e decidi que era preciso fazer alguma coisa para que estas pessoas possam vir mais vezes a Pinhel para tratar dos seus assuntos», adiantou, lembrando que há 56 localidades neste município com 480 quilómetros quadrados «e muitas delas não têm transportes para a sede do concelho». Rui Ventura anunciou ainda que o próximo passo é «conseguir sincronizar este projeto com os serviços públicos de forma a que os utentes possam ter consultas ou ir à conservatória no dia em que têm autocarro para Pinhel».

Segundo o presidente, o “Pinhel SIM” [Soluções Integradas de Mobilidade] tem um custo de pouco mais de 55 mil euros por ano ao município, que encaixará as receitas dos bilhetes e de eventuais parcerias que vierem a ser firmadas com o comércio local. «Os primeiros acordos já garantem 4 mil euros», revelou Rui Ventura.

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