O líder do grupo parlamentar do PSD defendeu a necessidade de serem encontrados «critérios de discriminação positiva» para as regiões do interior atravessadas pelas SCUT A25 e A23.
Recordando que o seu partido continua a defender o princípio da universalidade de tarifas em todas estas autoestradas, Miguel Macedo afirmou segunda-feira, na Guarda, que «é preciso encontrar, com justiça, critérios de discriminação positiva, que tratem com justiça» as regiões mais desfavorecidas. «Isto significa não fazer exatamente o mesmo que acontece noutras regiões do país, porque as situações são desiguais e temos de tratar de forma desigual aquilo que é desigual», disse no final de uma visita ao Instituto Politécnico da Guarda. O social-democrata esclareceu que o PSD não irá mudar o princípio da universalidade «porque há eleições» antecipadas, «ao contrário do que, pelos vistos, o Governo quer fazer», acusou. De resto, disse que não ficaria surpreendido se o Governo fizesse, em relação a esta questão, o mesmo que fez em 2008 e 2009: «Ou seja, pensou mais nos votos e menos no país, demitiu-se de tomar as medidas que eram ajustadas e hoje estamos a pagar uma fatura muito maior do que aquela que pagaríamos sempre, porque a crise internacional existe», sublinhou.
Apesar de defender a tal «descriminação positiva», o social-democrata considerou que «a política de borla» do Governo socialista «foi uma opção profundamente errada, criou convicções nas pessoas de que isto poderia ser eternamente assim e que havia dinheiro para pagar». Também a diferença da taxa de IVA entre Portugal e Espanha mereceu reparos do líder parlamentar, que declarou que a situação, que «penaliza sobretudo as zonas raianas», deve ser encarada, «a prazo, como um dos problemas que vão ter que ser resolvidos, ou seja, progressivamente esbatidos». Quanto ao IPG, Miguel Macedo, que se fez acompanhar por Álvaro Amaro e João Prata, afirmou que a visita foi «muito interessante». Nesta jornada, os parlamentares sociais-democratas também visitaram o complexo das Termas do Cró e o Centro de Negócios Transfronteiriço do Soito, ambos no concelho do Sabugal.
Rafael Mangana