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Mestrado em Computação Móvel arranca no IPG

Curso único no país tem quase todas as vagas ocupadas

Desde 7 de Março que a Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) lecciona o Mestrado em Computação Móvel. Trata-se do segundo curso de 2º ciclo que o Instituto Politécnico da Guarda (IPG) vê aprovado depois da adaptação ao Processo de Bolonha. Dos 25 lugares disponíveis, 21 foram ocupados, sobretudo por antigos alunos da instituição.

O mestrado inclui as áreas científicas da Computação Móvel, Redes e Sistemas Informáticos, Programação e Multimédia e Electrónica e Controlo. A esta componente lectiva juntam-se os seminários sobre «casos de aplicações reais da computação móvel e ubíqua», explicitou Carlos Carreto, coordenador do mestrado. Segundo o professor, «a computação móvel está cada vez mais oculta nas coisas do dia a dia», ainda que a sua presença seja cada vez mais forte. «As aplicações mais comuns, que toda a gente reconhece, são o telemóvel – que hoje em dia também é uma agenda electrónica, um GPS –, os computadores de bordo dos automóveis ou os computadores portáteis, cada vez mais pequenos e com mais componentes», referiu. Na indústria, a computação móvel encontra-se em tecnologias aplicadas a contextos específicos, como os leitores de RFID, «uma tecnologia para identificar objectos, usada, por exemplo, na pecuária para identificar animais ou em hipermercados, para não ter de se passar todos os produtos pela caixa registadora», exemplificou Carlos Carreto.

O coordenador do curso acredita ainda que a abertura do mestrado em Computação Móvel é «uma oportunidade para novos projectos, para trazer as empresas para dentro das escolas e para fazer inovação e investigação aplicada». E apontou a «exigência de profissionais especializados» nesta área como um dos argumentos para a apresentação do projecto ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES). «As empresas querem usar estas tecnologias e estarão interessadas em ter profissionais que, no contexto industrial, sejam capazes de oferecer soluções», garantiu. Por sua vez, o presidente do IPG destacou o facto deste mestrado ser dirigido às empresas e admitiu que as expectativas são «muito elevadas» quanto aos resultados. De resto, Jorge Mendes acredita que, «num prazo de três a cinco anos», o IPG abrirá cursos de 2º ciclo nas áreas do Marketing, Educação, Línguas e Turismo.

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