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Mentalidades e oportunidades

Opinião – O que esperar de 2017

Se é verdade que nos últimos anos têm surgido autarcas e responsáveis políticos com novas culturas, mentalidades e estilos de governação diferentes, que valorizam uma atuação municipal ou regional mais centrada no médio e longo prazo e no diálogo com as populações, ou com os seus representantes políticos ou corporativos, o discurso formal ainda continua pouco alinhado com a prática.

E por isso, o que continua a imperar (e a emperrar) ao nível municipal e regional é mais a competição do que a cooperação, o interesse particular, em detrimento do interesse geral.

No contexto regional, defende-se a importância e o papel vital das duas instituições de ensino superior da região (UBI e IPG), mas continuam-se a contratar consultores em Lisboa sem procurar sequer saber se nestas instituições existe capacidade e vontade de fazer os mesmos trabalhos; contratam-se empresas de Lisboa e Porto, sem convidar as empresas da região, etc.

Ao nível da nossa região, a CIMBSE ainda tem um longo percurso para se consolidar, sobretudo na afirmação do primado da cooperação e do interesse de toda a região em detrimento do interesse local ou concelhio.

Entretanto, enquanto projetos como a revitalização da linha da Beira Baixa alimentam a nossa esperança, a falta de soluções para o Hotel de Turismo ou para a Pousada de Juventude (apenas dois exemplos) ilustram a incapacidade política de resolver problemas que até têm soluções simples: haja vontade!

Constantino Rei

Presidente do Instituto Politécnico da Guarda

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