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Menos que Zero

A tartaruga

A entrevista que o vereador Joaquim Matias deu ao Notícias da Covilhã é anedótica, para usar as suas próprias palavras. Em duas páginas dedicadas ao conflito entre a Câmara e a Rádio Covilhã, o também director de programação tenta negar todas as evidências, chegando mesmo a dizer que um microfone até pode ter patas.

A entrevista recorda-me uma história que li recentemente, referindo-se a outro político, mas que se aplica perfeitamente a este senhor. O director de programação da Rádio Covilhã parece uma tartaruga em cima de um poste de vedação: Não se entende como lá chegou. Não se acredita que lá esteja. Sabe-se que não subiu para lá sozinha. Sabe-se que não deveria nem poderia lá estar. Sabe-se que não vai conseguir fazer absolutamente nada enquanto lá estiver. Por isso, tudo o que temos a fazer é ajudá-la a descer de lá.

Recuperação do património

A Covilhã vai ter uma empresa municipal cujo objectivo é promover a reabilitação do património edificado da cidade. Para além das suas próprias intervenções, a empresa vai pressionar os proprietários de imóveis degradados no sentido de que seja efectuada a sua recuperação, podendo mesmo proceder a expropriações.

Trata-se de uma medida excelente e responde a uma preocupação que já aqui deixei: a necessidade de proceder à requalificação de vários edifícios degradados que se encontram em pontos importantes da cidade, como a zona da Garagem de S. Cristóvão, por exemplo.

Os investimentos realizados na despoluição das ribeiras, nos acessos à Covilhã, no Jardim do Lago, no Largo do Rato e na Praça do Município só fazem sentido se forem acompanhados de medidas que permitam recuperar outras áreas degradadas da cidade que, para além da imagem de abandono, são um perigo para a saúde pública.

Quem tudo quer, tudo perde

Tal como se previa, Castelo Branco e Fundão acabaram por se juntar a mais quatro pequenos concelhos para formarem uma Comunidade Intermunicipal. Para quem sonhava com uma Grande Área Metropolitana (GAM), parece pouco, muito pouco. O presidente da Câmara do Fundão mantém a esperança numa futura GAM e diz que “às vezes é preciso dar passos pequeninos para que possamos dar um grande salto”.

Como já aqui escrevi, acho que estes municípios deviam ter integrado a ComurBeiras, ainda que tardiamente. Às vezes é preciso dar um passo atrás, para depois dar dois em frente.

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