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Menos que Zero

O último Conselho de Ministros criou a zona de jogo da Serra da Estrela, o que permitirá a abertura de um casino na região. Os habituais profetas da desgraça já vaticinaram que o casino só vai trazer vícios, negócios duvidosos e, sobretudo, problemas ambientais. Estes fundamentalistas do ambiente deviam estar mais preocupados com a reflorestação da serra, a sinalização dos circuitos pedestres, a recolha de plásticos ou a requalificação do espaço comercial da Torre, por exemplo.

O casino não se destina ao turismo de massas, mas a pequenos grupos com um alto poder de compra. A estrutura criará empregos e parte das receitas vai ser aplicada em obras de cariz social da região. É por tudo isto que não vejo qualquer problema na construção de um casino na Serra da Estrela.

Política rasteira

Na noite de sexta para sábado, na Covilhã, alguém andou a distribuir cópias de uma notícia publicada recentemente no jornal O Crime. A notícia refere-se à vida privada do líder do PS e não passa de uma especulação em torno de um comentário publicado num site brasileiro que, entretanto, até foi corrigido.

A distribuição nocturna deste panfleto apócrifo é uma atitude grosseira que só pode ter sido engendrada por gente sem qualquer formação moral.

Poderá ser apenas uma coincidência, mas esta situação repete uma outra ocorrida nas eleições autárquicas de 1997. Na ocasião foi distribuído gratuitamente um jornal regional cujo destaque de primeira página era uma notícia de cariz negativo relacionada com o cabeça-de-lista do PS à Câmara da Covilhã. Pode ser um acaso, mas a semelhança entre os dois actos leva a supor que se trate de uma táctica eleitoral. É uma jogada de baixo nível e merece um cartão vermelho do eleitorado.

Política caseira

A Escola Superior de Enfermagem de Viseu foi reconvertida em Escola Superior de Saúde. Com esta simples alteração, a nova escola pode propor a abertura de vários cursos ligados às tecnologias da Saúde. Castelo Branco já tinha feito a mesma coisa e, como se esperava, preencheu a totalidade das vagas. Trago o assunto a este espaço para relembrar que a situação da Escola Superior de Saúde da Guarda continua na mesma, como a lesma.

Aliás, na Guarda não há Escola Superior de Saúde, não há hospital novo, não há Plataforma Logística. A Guarda Forte de outros tempos vai ficando Fraca. A pergunta que me apetece fazer é simples: para que serve a classe política da Guarda?

Por: João Canavilhas

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