A Federação Nacional de Médicos (FNAM) anunciou hoje que está marcada para dia 11 de outubro a primeira de uma série de greves rotativas. Em protesto por menos horas de trabalho extraordinárias e outras reivindicações, a primeira paralização vai abranger apenas a região norte, estando marcada para 18 de outubro a paralisação dos médicos da região centro, seguindo-se a região sul a 25 de outubro. Para 8 de novembro está agenda uma paralisação nacional.
O pré-aviso de greve, hoje enviado pela FNAM à Lusa, abrange hospitais, centros de saúde, todos os serviços de saúde do Estado e privados.
De uma lista com 25 reivindicações, destaca-se a diminuição do trabalho suplementar nas urgências de 200 para 150 horas anuais, turnos de urgência de 12 horas, em vez de 18, e listas de doentes mais pequenas, descendo dos atuais 1900 para 1550.
Os sindicatos médicos têm estado em negociações com o Ministério da Saúde em várias matérias, avisando várias vezes que, se a postura do Governo se mantivesse, avançariam para uma nova greve nacional depois das eleições autárquicas, a segunda este ano, após a paralisação de maio.
Os serviços mínimos serão equivalentes aos que funcionam aos domingos e feriados e estão garantidos serviços como quimioterapia, diálise ou cuidados paliativos, segundo
O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, afirmou na terça-feira à Lusa que acredita num entendimento entre os médicos e o Ministério da Saúde, apelando ao ministro para que “chegue a um entendimento” com os sindicatos.