Desde muito cedo que os homens de Artur Lobão mostraram que estavam na firme disposição de conquistar os três em Alpendorada. As coisas até poderiam ter sido mais fáceis, não fosse o desacerto dos dianteiros medenses que, quer-nos parecer, deixaram o ponto de mira em casa.
A Mêda entrou a todo o gás e durante a etapa inicial poderia ter resolvido a partida. O que é certo é que o golo não apareceu durante os primeiros 45 minutos por falta de alguma calma de Tibério e também por erros clamorosos do árbitro auxiliar do lado dos bancos, já que assinalou alguns fora-de-jogo ao avançado medense que, em nosso entender, estava em posição regular. Aos 39’, Artur Lobão teve a primeira contrariedade, pois foi obrigado a mexer no xadrez por lesão de Patoilo, substituído por Pedro Ribeiro, que, apesar de uns “quilitos” a mais, acabou por ter um bom desempenho. As equipas acabariam por regressar às cabinas para o descanso com o nulo no marcador, um resultado lisonjeiro para os locais.
De regresso para a segunda metade, o Alpendorada, tal como lhe competia, entrou mais pressionante e o setor mais recuado dos visitantes passou por alguns calafrios. Mas os azares não se ficariam por aqui e aquilo que parecia fácil veio a tornar-se complicado. O técnico medense teve que mexer mais uma vez na equipa devido à lesão de Edi aos 57’ e, mais tarde, quando estavam decorridos 74’, foi a vez de Rogério, também por lesão, dar o lugar a André. Mas os jogadores do Sporting da Mêda não deram sinais de fragilidade e Luís Miguel, aos 77’, acabou por faturar, estabelecendo assim o resultado final – e diga-se que bem o mereceu, já que, sem tirar mérito aos restantes atletas, o avançado realizou uma excelente exibição. Quanto ao trio de arbitragem, errou no aspeto disciplinar, deixando por mostrar alguns cartões aos locais e o auxiliar do lado dos bancos esteve mal no julgamento de alguns fora de jogo inexistentes, prejudicando o Sporting da Mêda.
Fernando Araújo
