Mário Daniel, protagonista de “Minutos mágicos”, esteve recentemente na Guarda a gravar mais uma edição do programa televisivo, exibido semanalmente aos sábados em horário nobre na SIC, e encantou o público com os seus truques. Natural do Peso da Régua, o jovem de 31 anos explica que o sucesso desta opção de fazer magia na rua resulta da sua interpretação muito própria.
O artista adianta que a vinda à Guarda insere-se numa estratégia de descentralização do programa: «Tentamos escolher cidades que representem o país de norte a sul e achámos que a Guarda é tão importante como as outras onde já gravámos. Ainda por cima venho do Douro, também no interior, e acho que é importante mostrarmos o interior às pessoas. São zonas tão bonitas e, às vezes, o país funciona de forma tão centralizada e achámos que era diferente do que fazer um programa só em Lisboa ou só no Porto, o que facilitaria em termos de produção», realça. Nesse sentido, a Guarda foi «uma das primeiras opções» para gravar programas da segunda série. A reação dos guardenses «não ficou nem atrás nem à frente das outras cidades», pois a produção conseguiu «apanhar pessoas de todas as gerações, de diferentes formas de estar na vida, com diferente capacidade cultural, mas isso também se torna engraçado precisamente por isso», refere.
De resto, Mário Daniel adianta que a Guarda foi a primeira cidade onde foi gravado «o último efeito», uma novidade nesta segunda série que consiste num truque feito no último momento do programa «não apenas para duas ou três pessoas, mas para uma pequena multidão de, talvez, umas 100 pessoas e foi bastante giro perceber que essa experiência teve bons resultados». Aliás, as pessoas «aplaudiram e criou-se ali um momento dinâmico», que funcionou «mais como eu em palco do que eu propriamente a fazer magia de rua como no resto do programa. Foi um momento engraçado» gravado à frente da Sé Catedral que ficou «muito giro». Sobre a sua forma peculiar de fazer truques às pessoas que vai encontrando pela frente, o mágico sublinha que «a magia na rua não é uma novidade, a forma muito familiar como a interpretámos, é que é. Fomos um bocadinho vanguardistas e conseguimos criar um programa de magia que, mesmo a nível internacional, é um dos mais transversais à família». Por isso, «não é um formato pesado», mas um figurino «que uma criança de oito anos consegue interpretar e ver e o seu avô também», considera.
Ricardo Cordeiro