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Marco Loureiro “herda” dívidas da AAG

Relatório de contas aponta mais de 25 mil euros de dívidas

Aproximar os estudantes da Associação Académica da Guarda (AAG) é o objectivo dos novos corpos sociais empossados na última quinta-feira. Marco Loureiro foi eleito, com 619 votos, num sufrágio que aconteceu no passado dia 15 de Dezembro em que foi o único candidato à direcção da AAG.

No entanto, o mandato promete não ser fácil. É que, segundo o relatório de contas apresentado no passado dia 13, a nova direcção herda uma dívida de cerca de 25 mil euros, que Marco Loureiro diz ser do segundo mandato de Sérgio Pinto. Entretanto, o presidente acusa o antigo dirigente de ter «falsificado» o documento, uma vez que, «antes da anterior direcção tomar posse, o relatório apresentava lucro» para o mandato de Rodrigo Gonçalves. Contudo, no relatório de contas apresentado na última Assembleia-Geral de Alunos (AGA) consta que foram pagas cerca de 75 por cento das dívidas, «quando em Janeiro de 2007 tinha sido aprovado um documento em AGA em que não havia dívidas», sublinha. Quanto aos montantes, o estudante adianta que são referentes a uma dívida a um hotel da Guarda, «que rondará mais de dois mil euros», e à empresa que terá organizado a semana académica. A dívida à TMN é outro dos “fardos” herdados pelo aluno finalista do curso de Animação Sociocultural.

Isto porque a empresa de telecomunicações alega que a associação é devedora de 11 mil euros. Entretanto, a TMN moveu uma acção em tribunal contra a AAG, um processo que ainda está a decorrer no Tribunal da Guarda. Contudo, Marco Loureiro ainda está à espera de uma decisão judicial, apesar de considerar que poderá ficar «muito entalado» caso a sentença seja contra a associação. O dirigente considera ainda «lamentável» o estado em que encontrou a sede da Associação, adiantando que, entre outras coisas, desapareceram quatro computadores. De resto, o novo presidente dos estudantes do Politécnico da Guarda acredita que este será um ano de mudança. «Para isso é imperativo que os estudantes voltem a acreditar naqueles que os representam e também é necessário que a AAG seja uma voz activa e permanente na defesa dos verdadeiros interesses dos estudantes», afirmou Marco Loureiro, durante a cerimónia de tomada de posse.

O estudante mostrou-se igualmente preocupado com a aprovação do Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior, que prevê a passagem das instituições e universidades para instituições de direito privado. É que o finalista da Escola Superior de Educação considera que o Governo «não investe no ensino superior público. Asfixia-o economicamente, promovendo o investimento privado». Nesse sentido, acredita que as propinas irão aumentar e, simultaneamente, a acção social será reduzida, medida que «afastará os estudantes mais carenciados do ensino superior», receia. Para este mandato, o jovem de 26 anos, natural de Viseu, defende a reabertura das cantinas do Instituto aos fins-de-semana e o alargamento do horário de funcionamento da Biblioteca do IPG, que, actualmente, encerra às 22 horas. Pretende ainda constituir um departamento de Política Estudantil e outro Pedagógico, bem como relançar o jornal estudantil “O Grito” com periodicidade mensal.

Tânia Santos

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