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Marcar a diferença através da arte

Mia Costa ambiciona desenvolver um projeto coletivo que leve as artes a quem ainda não chegam

O desenho e a pintura a lápis de cor fizeram parte, desde cedo, do dia-a-dia de Mia Costa, de 61 anos. «A minha mãe passou-me o gosto quando ainda era pequenina, talvez com uns cinco anos», recorda a artista, que reside na Covilhã.

As artes nunca mais abandonaram a sua rotina e, em 1997, abriu «uma loja de venda de materiais para belas artes e artes decorativas na Covilhã». À criação pessoal juntou-se depois a formação, sendo que a vontade de ensinar e aconselhar os outros se mantém nos dias de hoje: «Além da informação que partilho com os meus clientes, dou formação no ateliê de artes “O Baú”, anexo à loja, na zona da ANIL», refere a autora, natural de Oliveira de Azeméis. Mia Costa já participou em vários concursos de pintura e exposições, a última das quais, intitulada “A Mancha”, na galeria Tinturaria (Covilhã), que «teve uma afluência muito grande de visitantes», destaca. Já os trabalhos desenvolvidos são variados, da pintura em tela e aguarela, passando pela porcelana, sendo que nesta última área tem participado «em exposições e competições internacionais».

As suas criações também se estendem à escultura, onde aplica várias técnicas, recorrendo a madeiras, tecido e estanho, entre outros materiais. As referências, essas, são variadas e, apesar de destacar o gosto pelo impressionismo, Mia Costa considera que «é válida qualquer obra que nos leve para um patamar superior a fim de nos tornarmos melhores seres humanos». Entre as influências, a autora destaca a brasileira Tania Lopes, mentora e amiga há muitos anos. O reconhecimento do seu trabalho é uma das ambições, mas a criativa garante que «o que realmente conta é sentirmo-nos bem. E isso passa por conseguirmos marcar a diferença na vida das pessoas», descreve.

Por isso, um dos objetivos é «conseguir, a médio prazo, uma união de artistas dispostos a partilhar desinteressadamente as suas experiências e a transmitir o seu saber aos que não têm acesso fácil a este modo de vida», revela Mia Costa.

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Sara Quelhas A artista dá formação no ateliê de artes “O Baú”, na Covilhã

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