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Máquina de técnicas dialíticas contínuas chega à Unidade de Cuidados Intensivos na Guarda

Aquisição põe fim à transferência de doentes críticos para outros hospitais da região

«Se o custo é muito elevado, o benefício também é significativo», garante Luísa Lopes, directora da Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) do Hospital Sousa Martins, a propósito da nova máquina de técnicas dialíticas contínuas adquirida recentemente para aquela unidade.

O aparelho, que já está em funcionamento há cerca de duas semanas, permite fazer a substituição da valência de função renal em situações agudas, técnica até agora impossível na UCI da Guarda e que obrigava à transferência dos doentes para outros hospitais, todos eles «em condições muito delicadas por se tratarem de situações críticas», explica Luísa Lopes. «E isto apenas porque não dispúnhamos do equipamento necessário», lamenta. Na verdade, os pacientes eram transferidos para Coimbra, Covilhã ou Castelo Branco, onde a técnica já estava disponível, o que, segundo a directora da UCI, acarretava «grandes custos» por ser necessário providenciar recursos «muito específicos», como o acompanhamento permanente de um médico e de um enfermeiro. Deste modo, e muito embora a aquisição do aparelho tenha trazido «custos significativos» ao Hospital, os benefícios têm «um peso muito maior», assegura. O aparelho tem estado a fazer a técnica contínua desde que chegou à UCI, há quase quinze dias, com uma doente que já manifesta «uma melhoria significativa da função renal». Actualmente, as técnicas contínuas de substituição renal constituem um meio terapêutico comum nas Unidades de Cuidados Intensivos e as suas indicações têm vindo a ser alargadas, abrangendo situações de insuficiência renal aguda e falência múltipla de órgãos. É por isso, segundo Luísa Lopes, um aparelho «polivalente», usado nas situações de «hemofiltração renal, hemodiálise contínua, ultrafiltração, entre outras». Segundo a directora, esta máquina vai trazer também «benefícios aos próprios doentes», que evitam assim deslocar-se, permitindo em simultâneo que os familiares os possam acompanhar de mais perto.

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