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Manilhas da discórdia deixam Praça Velha

Trabalhos de remoção estão programados para a próxima segunda-feira

As manilhas colocadas, em Maio do ano passado, na Praça Velha para impedir o estacionamento desordenado vão ser retiradas na próxima segunda-feira. Os trabalhos de remoção estavam programados para ontem, mas foram adiados por mais alguns dias. Assim que as manilhas, que suscitaram alguns protestos aquando da sua colocação, forem retiradas, começará a ser instalado um tubo metálico ao longo do acesso ascendente entre o final da Rua 31 de Janeiro e a escadaria da Sé.

Jorge Leão, do consórcio ARL/Abrantina, responsável pelas obras na Praça Luís de Camões, afirmou a “O Interior” que «se o sub-empreiteiro não falhar, as manilhas serão retiradas na próxima segunda-feira». No seu lugar irá ser colocado um tubo de aço a cerca de 50 centímetros do chão, dotado de iluminação, para ser visível de noite, que vai delimitar a faixa de circulação automóvel da área pedonal. Em relação à intervenção na sua totalidade num dos locais mais emblemáticos da cidade, o engenheiro garante que «já há pouco por fazer», entre os trabalhos de substituição de lâmpadas e «de reparar algumas coisas que entretanto foram danificadas por viaturas». Adiada está, por enquanto, a colocação de árvores e relva na envolvente ao adro da Sé, isto porque «com este tempo seria um desperdício de dinheiro», garante. Recorde-se que as manilhas foram colocadas na Praça Velha em Maio de 2006 com o objectivo de evitar o estacionamento «caótico e abusivo». Esta foi a solução provisória encontrada até à colocação do tubo, sendo classificada, na altura, por António Saraiva, director-executivo do PolisGuarda, como «um elemento dissuasor da entrada de automóveis na Praça e que vai definir o corredor de tráfego disponível até à Escola de Santa Clara», afirmou. Parece, assim, estar tudo bem encaminhado para que, finalmente, a requalificação da Praça Velha fique concluída muito tempo depois do previsto, também graças ao desbloqueamento por parte do Programa Operacional do Ambiente de 3,5 milhões de euros à Sociedade PolisGuarda, em Dezembro último, o que lhe permitiu pagar aos empreiteiros que chegaram a ameaçar parar os trabalhos. A empreitada de requalificação da Praça Velha iniciou-se em Agosto de 2004, num projecto do arquitecto portuense Camilo Cortesão, tendo sido adjudicada à Abrantina/António Rodrigues Leão por perto de 1,2 milhões de euros. O prazo de execução era de seis meses. O fim do estacionamento e a “deslocalização” da estátua de D. Sancho para junto da Sé foram duas das mexidas mais significativas que a requalificação fez.

Ricardo Cordeiro

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