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Mais um empate cheio de injustiça

Igualdade em Fátima deixa Sporting da Covilhã a três pontos da liderança

Mais um encontro, novo empate. Parece ser a sina do Sporting da Covilhã, versão 2004/2005, que já regista onze empates em vinte desafios. Desta vez foi no terreno do candidato Fátima, que mostrou muito pouco durante o encontro e que quase saiu de campo com os três pontos, resultado que seria tremendamente injusto. Valeu o golo de Piguita, no período de descontos, para repor alguma justiça no marcador, já que o Covilhã foi a única equipa que procurou merecer o triunfo.

Os serranos iniciaram o encontro a mandar, empurrando o Fátima para a sua área. Depois de duas jogadas de relativo perigo, protagonizadas por Cunha e Luizinho, os visitantes dispuseram da primeira grande oportunidade para marcar, quando decorriam vinte minutos de jogo. Tudo começou com um passe em profundidade para Oliveira, que, em vez de controlar o esférico, apostou no remate de primeira e saiu-lhe uma autêntica rosca. Apesar de dominar claramente o desafio, jogando em velocidade e ao primeiro toque, os serranos não conseguiam criar muitos lances de golo, esbarrando sempre contra uma autêntica muralha do Fátima, instalada bem à frente da baliza de Pedro Duarte. Aos 39’, e numa jogada onde o Covilhã conseguiu ultrapassar a defesa contrária, Luizinho, bem na cara do golo, preferiu lateralizar para Rui Morais quando se pedia o remate à baliza. O segundo tempo acabou por ser um pouco mais equilibrado, com o Fátima a atacar mais um pouco.

Mas antes dos locais criarem os seus lances de perigo, o Covilhã, em pouco mais de dez minutos, criou oportunidades suficientes para matar a partida. Tudo começou com a entrada de Tarantini, que deu mais garra e ânimo ao ataque serrano. Aos 63’, o jovem avançado do Covilhã tentou o chapéu, mas o disparo saiu por cima. Um minuto depois atirou ao poste, num remate que teve tanto de fortíssimo como de espontâneo. Aos 66’, após uma jogada com Cláudio, Luizinho atirou para a defesa da tarde de Pedro Duarte. Praticamente na jogada seguinte foi a vez de Oliveira estar perto do golo, só que o remate encontrou o corpo de Esteves. Foram dez minutos de autêntico sufoco para o Fátima, que não teve resposta para a velocidade de jogo dos serranos. Aos 70’, os locais conseguiram assustar Luís Miguel, que defendeu com segurança um remate de Alex. Foi o prenúncio para o golo surgido seis minutos depois. O lance iniciou-se na esquerda, com Morgado a cruzar para o segundo poste onde Pimenta, sem qualquer marcação, bateu Luís Miguel, apanhado em contra-pé. O Fátima procurou então segurar a vantagem preciosa, remetendo-se para a defesa, enquanto o Covilhã tentou tudo até ver o seu esforço premiado, já depois do minuto noventa. O golo surgiu num canto apontado por Cunha, com Piguita, ao primeiro poste, a fazer o empate e a repor alguma justiça no marcador.

Francisco Carvalho/ Rádio da Covilhã

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