A PJ da Guarda deteve nos últimos dias mais três alegados incendiários no distrito. O último suspeito foi identificado, em articulação com a Polícia Florestal de Trancoso, na passada segunda-feira. Trata-se de um indivíduo de 58 anos, jornaleiro, indiciado pela presumível autoria de um fogo ocorrido na véspera em Terrenho.
Segundo a Judiciária, o incêndio foi colocado em área florestal, tendo consumido cerca de três hectares de carvalhos e pinheiros mas não ameaçou habitações, dada a pronta intervenção dos bombeiros. O homem já foi presente a tribunal para primeiro interrogatório, desconhecendo-se, até à hora do fecho desta edição, as medidas decretadas pelo juiz. Em Seia, o Departamento de Investigação Criminal da PJ deteve outro presumível incendiário, de 27 anos. O indivíduo, padeiro, terá ateado um fogo a 1 de Agosto, em Pinhanços, que consumiu 27 hectares de mata causando prejuízos na ordem dos 35 mil euros. A actuação da PJ e da GNR também deu frutos na zona de Pinhel, onde um homem, de 30 anos, vendedor ambulante de profissão, foi presente a tribunal pela presumível autoria de um incêndio florestal ocorrido na freguesia de Atalaia a 29 de Agosto. As chamas devoraram uma área de cerca de dois mil hectares, compostos por árvores de diversas espécies, bem como dois armazéns, e colocaram em risco habitações. De acordo com a PJ, o sinistro causou avultados prejuízos ainda não completamente contabilizados.
Em Gouveia, a GNR local identificou um menor de 11 anos, por suspeita de ter ateados vários fogos em Vila Nova de Tazem. O rapaz revelava comportamentos estranhos e era visto com frequência, de bicicleta e mochila, nas proximidades dos locais onde deflagravam os incêndios. Por outro lado, «foi quase sempre ele, ou um familiar, que deu o primeiro alerta para a existência do fogo», disse um elemento da GNR. O auto de notícia, elaborado com base nos testemunhos de populares, foi enviado ao Ministério Público e o suspeito pode vir a ser chamado a prestar declarações.
