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Mais 173 funcionários no próximo ano

PSD diz que política de recrutamento é «incomportável», Valente justifica aumento de pessoal com novas competências

Maioria e oposição também divergiram claramente quanto à proposta de mapa de pessoal para 2010. Os eleitos do PSD votaram contra, constatando que o número de trabalhadores do município não pára de subir. «Em 2004 tínhamos 440 funcionários, em 2008 já eram 570, em 2009 foram mais 45 e aprovou-se agora a hipótese de se poder vir a contratar mais 173 no próximo ano», criticou Rui Quinaz, ressalvando que estes dados não dizem respeito às empresas municipais e aos SMAS. «Como se consegue o tão desejado equilíbrio financeiro com esta política de recrutamento absolutamente incomportável, até porque não há justificação, em termos de serviços, para estes números», sublinhou o social-democrata. Pelas suas contas, o município gastou 12 milhões de euros com despesas de pessoal em 2008, ou seja, um milhão por mês, cenário que poderá agravar-se no próximo ano. «Este mapa não é a garantia de que estas pessoas poderão ser contratadas, mas a Câmara fica em situação de poder autorizar estas contratações», declarou, lamentando não ter sido informado sobre os custos destas novas entradas.

Por sua vez, Joaquim Valente garantiu que o mapa aprovado peca por excesso. «Seriam custos incomportáveis ter todos os funcionários solicitados pelos departamentos», disse, reiterando que o município tem novas competências na área da educação, nos transportes escolares e na protecção civil. «A maior parte dos novos colaboradores estão no enriquecimento curricular, nos transportes e, fundamentalmente, em assistentes operacionais para manter as áreas verdes da cidade, que duplicaram neste passado recente», justificou. Na última reunião de Câmara, o executivo também deliberou a transferência do projecto do mercado abastecedor da Guarda para a PLIE. O empreendimento estava inicialmente previsto para o espaço da antiga cooperativa de frutas, mas no local já está em construção o Centro Escolar da Sequeira.

No final da sessão, Joaquim Valente adiantou aos jornalistas que o projecto de execução do novo quartel da GNR deverá ser posto a concurso no próximo ano. O edil reuniu na semana passada com os responsáveis pelo assunto no Ministério da Administração Interna (MAI), tendo sido aprovado o projecto de arquitectura e aberto o concurso para as especialidades do edifício a construir junto ao parque industrial. No caso da PSP, o presidente revelou ter proposto a delimitação de «quatro a cinco mil metros quadrados no terreno do antigo quartel da GNR para o edifício da PSP».

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