O Governo anunciou, na última segunda-feira, que vai haver um acréscimo de 10 por cento no orçamento deste ano para o ensino superior público, recebendo o Instituto Politécnico da Guarda (IPG) mais 1,4 milhões do que em 2009. Jorge Mendes, que há cerca de um mês previa dificuldades para 2010 no caso de não haver qualquer reforço, diz agora estar «mais satisfeito» com a verba destinada à instituição guardense.
No total, o montante destinado às universidades e institutos politécnicos do país vai ser reforçado em 100 milhões de euros, com os estabelecimentos de ensino a comprometerem-se a formar mais 100 mil activos nos próximos quatro anos, tendo o ministério tutelado por Mariano Gago traçado metas. No caso do IPG, a transferência a realizar pelo Governo deverá ser de perto de 13,4 milhões de euros. Esta é uma decisão que Jorge Mendes considera «boa e correcta» e também suficiente para garantir o funcionamento da instituição – ainda que os estabelecimentos de ensino superior tenham pedido na semana passada a José Sócrates mais 200 milhões.
Jorge Mendes, que esteve naquela reunião, diz que se «segue agora a negociação dos contratos de confiança», que irão abranger aspectos como o ensino à distância, a formação de mais activos, o programa para maiores de 23 anos ou equipamentos. Este responsável espera ver incluídos no Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC) para este ano12 projectos, entre os quais estão a construção da nova Escola Superior de Saúde (ESS), a reconstrução do actual pavilhão desportivo da Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto e a criação de uma residência de estudantes em Seia, entre outros.
Também o reitor da Universidade da Beira Interior (UBI) se mostra satisfeito com a decisão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Sem querer avançar números – por querer revelá-los primeiro ao Conselho Geral da instituição –, João Queiroz diz apenas que «está previsto um reforço de cerca de 10 por cento em relação ao total definido para 2009», ano em que houve ajustes no orçamento, determinados após a sua entrada para a reitoria. O reitor diz que está «bastante contente», até porque os objectivos definidos pelo Governo «estão muito próximos do plano de acção para os próximos quatro anos» que traçou para a instituição que dirige, exemplificando com a formação de mais activos, a aposta na internacionalização ou o aprofundar do processo de Bolonha.
O ministro anunciou ainda que nos próximos três anos desta legislatura a dotação orçamental será «no mínimo idêntica» à de 2010, com cada instituição a criar o seu programa de desenvolvimento, a avaliar anualmente.
