O primeiro centro comercial da Guarda poderá abrir em Setembro de 2007. O projecto, que pretende ser o maior “shopping” regional da Beira Interior, vai designar-se de “Guarda Plaza” e irá nascer na Quinta do Pina, junto à Viceg, muito próximo do Hospital Sousa Martins e do Instituto Politécnico da Guarda.
O novo centro comercial resulta da parceria do Grupo Martifer com um promotor local e segundo “O Interior” conseguiu apurar vai permitir a criação de 2.100 novos postos de trabalho directos na região. O “Guarda Plaza” irá nascer numa área de 35 mil metros quadrados, sendo 25 mil metros quadrados de área bruta locável, e supõe um investimento de 30 milhões de euros. Esta nova estrutura comercial inclui um estacionamento para 1.750 lugares cobertos, um hipermercado com 10 mil metros quadrados e ainda oito salas de cinema. Além das 120 a 130 lojas que deverão vir a ser comercializadas junto de promotores locais, o novo “shopping center” contará com uma praça de alimentação de elevada qualidade, com vista panorâmica, e outros espaços habituais neste tipo de unidades. Em termos de área deverá ser o maior centro comercial da Beira Interior. Para já, ainda está no “segredo dos deuses” o nome do hipermercado ou quais as cadeias comercias (franchising’s e lojas de marca internacional) que poderão vir a investir naquele espaço comercial. Só se sabe que o centro comercial é um “shopping center” de formato tradicional, juntamente com um conceito de parque temático de produtos e actividades regionais. A infraestrutura irá ocupar cinco pisos – três para estacionamento e dois destinados a actividade comercial.
O “masterplan” de arquitectura foi desenvolvido pela Building Design Partnership (BDP), gabinete de arquitectura inglês de prestígio mundial, que é responsável, em Portugal pelos projectos de centros comerciais como o Vasco da Gama (Lisboa), Via Catarina (Porto) ou, mais recentemente, o Dolce Vita Douro (Vila Real). O projecto da Guarda é da responsabilidade do arquitecto João Madalena. “O Interior” sabe que o posicionamento geográfico e estratégico da Guarda, aliado à falta de oferta de qualidade na região deste tipo de estruturas, foram fortes argumentos para o Grupo Martifer apostar na cidade mais alta. Para os promotores, a cidade é vista como sendo detentora de uma posição geográfica de elevado potencial e considerada de «vital importância» para o desenvolvimento e crescimento económico do país. Por isso, os investidores têm também em vista o mercado espanhol como um potencial cliente, dado à proximidade da fronteira.
O projecto consiste essencialmente em criar um espaço de elevada qualidade e funcionalidade, onde se potencie a promoção dos produtos regionais de toda a região da Beira Interior e particularmente da região da Serra da Estrela. De resto, o novo espaço comercial pretende ainda estimular a economia e comércio locais, o que levará à atracção de outros investimentos e fixação de população na zona. Até porque «ninguém faz um investimento destes, estando de costas voltadas para o comércio tradicional», refere uma fonte próxima do promotor. Daí que não deixem de ser considerados aspectos de carácter regional, nomeadamente produtos locais. A arquitectura e o design do “Guarda Plaza”, bem como o conceito de centro comercial que se pretende implementar são outros aspectos que os promotores consideram pertinentes para o sucesso do investimento. O facto desta ser uma região sem uma elevada densidade populacional não os preocupa, pois estão «optimistas» em relação à viabilização do projecto.
Patrícia Correia
